Por: Só Notícia Boa
Pesquisadores usaram o supercomputador Summit para identificar compostos que se ligariam à principal proteína do SARS-CoV-2, bloqueando a infecção em células humanas. Na esquerda, uma substância se liga ao vírus, impedindo que ele se conecte com a célula. Já na imagem da direita, o vírus se conecta sem nenhum impedimento. Foto: Reprodução/Michelle Lehman.
Um supercomputador, que é 1 milhão de vezes mais rápido que um computador normal, conseguiu identificar 77 tipos de moléculas que podem ser essenciais para testes de vacinas e remédios contra o coronavírus.
O IBM AC922 Summit consegue executar 200 quatrilhões de cálculos por segundo. O sistema fez uma seleção de remédios e substâncias naturais que podem bloquear a ação do vírus.
Para isso, Micholas Smith, integrante da equipe de cientistas americanos, construiu um modelo digital da proteína spike do coronavírus Sars-CoV-2, também chamada de proteína S.
Os pesquisadores realizaram com o Summit simulações digitais de 8 mil compostos para rastrear com maior capacidade de impedir que o vírus infectasse células hospedeiras.
O Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE) fez dele um novo aliado na corrida contra o novo coronavírus.
O próximo passo de Smith foi realizar testes de dinâmica molecular que analisaram os movimentos de átomos e partículas na proteína.
Ele simulou diferentes compostos que poderiam ser acoplados às spikes — que são aquelas protuberâncias do vírus — para determinar se algum deles pode impedir o microrganismo de aderir às células humanas.
Foram identificados 77 tipos de moléculas, como medicamentos e substâncias naturais, que podem ser essenciais para os testes de vacinas e remédios.
“O Summit foi necessário para obtermos rapidamente os resultados de simulação que precisávamos. Demorou um dia ou dois, enquanto levaria meses em um computador normal”, afirmou.
Compostos serão testados
Nossos resultados não significam que encontramos uma cura, ou tratamento para o coronavírus, mas temos muita esperança de que nossas descobertas ajudem estudos futuros”, disse o cientista Jeremy Smith, em comunicado.
Agora a equipe planeja executar o estudo de novo com uma nova versão da proteína S.
Isso pode alterar a classificação dos produtos químicos mais promissores para o tratamento.
Os pesquisadores enfatizaram a necessidade de testar na prática os 77 compostos antes que qualquer determinação possa ser feita sobre sua usabilidade. Com informações da Galileu
Nenhum comentário:
Postar um comentário