A presença de Ronaldinho Gaúcho no Paraguai com documentos supostamente falsos provocou uma crise política no país, especialmente pela demora das autoridades para apontar e investigar as irregularidades. E uma das consequências foi a renúncia do diretor de migração do país, Alexis Penayo. IstoÉ/ Estadão
Pelo incidente envolvendo Ronaldinho, há uma troca de acusações pública entre autoridades paraguaias. Ministro do Interior, Euclides Acevedo afirma que o setor de migração foi alertado pela polícia da suposta irregularidade com os documentos de Ronaldinho e o seu irmão, Assis. Por isso, deveria ter agido imediatamente, não permitindo que os ex-jogadores deixassem o aeroporto.
A avaliação de Acevedo é que o status de ídolo de Ronaldinho, algo que levou uma multidão a recepcioná-lo no aeroporto, fez com que os procedimentos para liberar a entrada do astro no país não tenham sido realizados do modo correto. “Provavelmente, pela popularidade, pularam o protocolo. Se estivesse a cargo da polícia, não o teríamos deixado entrar”, declarou Acevedo.
Penayo, porém, assegura – e diz ter provas – que alertou Acevedo sobre o problema com a documentação de Ronaldinho, mas não recebeu um retorno. “Tenho as provas de que alertei o Ministério do Interior e o diretor de identificações. Enviei as fotos dos passaporte e disse: não figuram no sistema”, afirmou, de acordo com o site do diário paraguaio ABC Color.
Ao deixar o aeroporto na manhã de quarta-feira, Ronaldinho foi tratado pelos paraguaios quase como um chefe de Estado. Andou em uma luxuosa picape, que contava com custódia policial pelas ruas da capital. A situação só foi mudar mais à noite, quando foi feita uma operação no hotel onde ele estava hospedado.
Ronaldinho e Assis ficarão à disposição da Justiça do Paraguai por tempo indeterminado, segundo informou o promotor Federico Delfino, responsável pela investigação contra os dois ex-jogadores por porte de documentos falsos. Eles passaram a noite sob custódia das autoridades paraguaias após operação policial realizada na suíte presidencial do Hotel Resort Yacht y Golf Club, em Lambaré, vizinho a Assunção. Os passaportes que eles portavam foram expedidos e retirados no Paraguai, sendo que as numerações corresponderiam a de outras duas pessoas. (IstoÉ/ Estadão)
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