Um grupo formado por oito médicos cirurgiões que atendem no Setor de Oncologia da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna buscaram apoio junto a Prefeitura Municipal de Itabuna, através da Secretaria Municipal de Saúde, na tentativa de solucionar a grave crise instalada no setor.
Em reunião com o Secretário de Saúde, Uildson Nascimento, o grupo relatou detalhes da situação que segundo eles beira o colapso. Entre as dificuldades enfrentadas: um ano de atraso salarial e a falta de tratamento e medicamentos para os pacientes.
Vale ressaltar que o Serviço de Oncologia da Santa Casa de Itabuna atende pacientes de cerca de 100 municípios da região – um serviço essencial para a manutenção da vida de pacientes que já vem sofrendo com uma doença tão agressiva como o câncer.
De acordo com o Secretário Uildson Nascimento, na reunião os médicos deixaram claro o desejo de retornar a realizar os procedimentos cirúrgicos, mas que necessitam da ajuda do município. “A alternativa para amenizar esta situação e os médicos receberem os salários em atraso será através do desbloqueio de cerca de R$ 23 milhões que foram retidos via judicial por conta de uma ação pleiteada pela Santa Casa”, disse o Secretário. E completou afirmando que a verba foi destinada pelo Ministério da Saúde para os Serviços de Alta e Média Complexidade de Itabuna, “e não para a realização de cirurgias bariátricas como o Deputado Jorge Solla tentou nos induzir através de ofício de nº 095/2019, de 28 de novembro de 2019, indicando que o recurso seria de uma emenda parlamentar destinada à Santa Casa de Itabuna”, afirmou o Secretário de Saúde, Uildson Nascimento.
Por conta dessa situação, a Santa Casa busca o repasse do recurso via judicial. Ainda de acordo com Secretário Uildson Nascimento, em reunião com o Conselho Municipal de Saúde ficou decidido que seria feito uma divisão da verba, já que ela foi destinada ao município de Itabuna: R$ 5 milhões para o Hospital Calixto Midlej Filho, R$ 5 milhões para o Hospital de Base, R$ 3 milhões para a Maternidade Ester Gomes, R$ 1 milhão para o Hospital Manoel Novaes, e R$ 10 milhões para o Fundo Municipal. “Desses R$ 5 milhões que serão para o Hospital Calixto Midlej, a Secretaria de Saúde tem poder ‘legal’ para destinar R$ 2,5 milhões para o Serviço de Oncologia, e com isso, resolver a situação dos médicos e tratamento dos pacientes”, finalizou o Secretário de Saúde do Município.
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