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segunda-feira, 2 de março de 2020

Escola pede para que professores comam ‘sobras’ de alunos

Professores de uma escola em Praia Grande, no litoral de São Paulo, foram orientados a se alimentarem da merenda, ‘caso haja sobras’, em uma reunião que aconteceu em fevereiro. O caso gerou repercussão nas redes sociais e revoltou docentes da região. 

De acordo com informações do G1, o caso aconteceu na Escola Municipal Doutor Roberto Shoji, no bairro Tupiry. O docente contou que o tema fez parte da ata de uma reunião do dia 10 de fevereiro. De acordo com o professor, a conversa aconteceu nos três períodos de aula, algumas ministradas pela diretora, nova na unidade, e outras por sua assistente.

Professores relataram que já ouviu orientações similares, não só nesta instituição, mas é a primeira vez que a fala está documentada. A reportagem teve acesso à ata neste domingo (1º), que diz: “Alimentar-se de merenda após os alunos, não junto com eles, caso haja sobras”.

A orientação, de acordo com o professor, é um problema, já que eles passam por períodos de até quatro horas sem se alimentar. “O sentimento é de coação, de medo”, desabafa.
Ele conta que além desta determinação, eles não recebem um valor para as refeições e tem determinação de quais alimentos podem levar. A unidade tem turmas nos períodos da manhã, tarde e noite, do Ensino Fundamental I e do EJA (Educação de Jovens e Adultos).

Em nota, a Secretaria de Educação de Praia Grande informa que não há proibição para que os servidores das escolas municipais se alimentem com os alunos. Contudo, a orientação é que os funcionários tenham cuidado para que a rotina de alimentação das crianças seja a prioridade. A secretaria também explica que não proíbe que os docentes levem determinados alimentos, apenas que pedem cautela, já que o cardápio oferecido nas escolas é feito visando a qualidade nutricional.

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