Foto: Reprodução / GloboEsporte.com
O técnico Abel Braga foi apresentado pelo Vasco nesta quarta-feira (18), e inicia oficialmente sua terceira passagem como treinador do clube. Na coletiva, o comandante revelou a conversa sincera que teve com o presidente Alexandre Campello, durante reunião na última segunda (16), que durou quatro horas.
"Ele me disse: 'Vou te pagar, mas não pense que vou te pagar em dia'. Ele me disse o que pensa do Vasco. Encerrar a carreira aqui será uma coisa boa. Dar seguimento ao ótimo trabalho do Luxa", disse Abel.
De volta ao Vasco após 19 anos, Abel também destacou a identificação que tem com o clube: "Eu sei bem o que é essa camisa. Eu era reserva onde eu jogava quando cheguei nesse clube e, com seis meses, estava na Seleção. Depois de dois anos, fui para o PSG. A cultura que tenho de falar francês hoje, uma honra, foi o Vasco que me proporcionou. Quero ver chegar logo aos 200 mil sócios. Sei a filosofia do clube e o que o torcedor do Vasco gosta de ver: boa exibição, jogada bonita, ousadia, mas, acima de tudo, ele quer ver coragem. O que caracteriza o Vasco é o cara, para evitar um gol, cabecear até a trave, por exemplo".
Abelão iniciou 2019 no Flamengo, mas acabou deixando o clube após descobrir que a diretoria negociava com Jorge Jesus. Depois, assumiu o Cruzeiro na reta final do Brasileirão, mas não conseguiu evitar o rebaixamento da Raposa. Deixou a equipe restando três partidas do certame nacional. O treinador elogiou o trabalho do Flamengo, mas salientou que teve participação nas conquistas.
"Não gostaria de falar do que ficou para trás. Posso falar que tenho 27 títulos. Fui campeão mundial e não é por ai. O trabalho no rival está sendo bem feito, mas está sendo terminado. Eu comecei. Com a Florida Cup, com o estadual, com a classificação na Copa do Brasil 75% garantida com a vitória em São Paulo. E classificado em primeiro no grupo da Libertadores, o que não acontecia há 11 anos, então não é bem por aí", destacou.
"No Cruzeiro, eu fui o terceiro técnico, o que não faço, de pegar no meio. Mas peguei porque recebi ligações de atletas, e aquilo mexeu comigo. Fui tentar ajudar e não consegui. Como não conseguiu o Mano, o Ceni, eu, o Adilson, a direção... Todo mundo tem a responsabilidade", concluiu Abel.
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