Em ofício enviado ao presidente Bolsonaro, Associação que representa o transporte público por ônibus apoia preocupação do governo com reajuste e diz que a sociedade será duramente impactada se não houver uma política para o preço do combustível
O setor de transporte público por ônibus urbano defende, junto ao Governo Federal, a adoção de políticas públicas para atenuar o enorme peso do preço do óleo diesel no custo de vida dos brasileiros, tendo em vista o impacto que o aumento do combustível tem no preço das passagens. O diesel representa hoje 25% dos custos totais do transporte coletivo urbano por ônibus, serviço público essencial e um direito social dos brasileiros, utilizado principalmente pelas classes mais carentes da sociedade.
Esse foi o teor do ofício enviado diretamente ao presidente da república, Jair Bolsonaro nesta semana, terça-feira (16), no qual o setor manifesta apoio à preocupação do governo com o reajuste do preço do óleo diesel, recém anunciado pela Petrobrás. "É importante que o Executivo tenha em mente que o óleo diesel, utilizado para abastecer a frota de caminhões é o mesmo utilizado nos quase 100 mil ônibus urbanos em operação no Brasil", destaca Otávio Cunha, presidente executivo da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), que assina o ofício.
Ainda de acordo com a NTU, o óleo diesel representava no passado apenas 10% dos custos totais do ônibus na época em que existiam subsídios cruzados na cadeia do petróleo e o preço desse combustível representava apenas uma fração do preço da gasolina, situação que mudou ao longo dos anos.
A Associação, que representa cerca de 500 empresas associadas e mais de 70 entidades patronais filiadas de todas as regiões do país, também reforça que os coletivos urbanos realizam diariamente mais de 50 milhões de deslocamentos de pessoas nas cidades, o equivalente a 87% das viagens em transporte público coletivo urbano no país.
Brasília, 18 de abril de 2019
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