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De acordo com pesquisa do Instituto Surgentis feita entre 6 e 9 de abril, Câmara e Senado precisam se esforçar mais para melhorar o diálogo com o Poder Executivo. Pelo menos, é assim que pensam 52% dos participantes do levantamento, contra 26% que acham que os esforços precisam vir dos dois lados e 16% que acreditam que cabe ao governo melhorar o diálogo.
Os pontos de conflito entre a agenda do Executivo e a pauta do Congresso se acumulam e incluem temas como a votação do salário mínimo, a aprovação da reforma da previdência, a tramitação do pacote anti-crime e a CPI da Lava Toga.
De forma geral, as pessoas consultadas pelo Instituto Surgentis não acham que caiba ao Presidente manter uma base de parlamentares, visto que para 44% dos entrevistados ele não precisa negociar apoios no Congresso. Para 28%, a solução para entrar em consenso e conseguir aprovar as matérias de interesse do Executivo é oferecer benefícios para a população nos estados de origem dos parlamentares. Práticas associadas com a "velha política" como a liberação de emendas parlamentares e a troca de cargos foram amplamente rechaçadas com apenas 4% e 1% dos votos, respectivamente. Cerca de 22% das pessoas apresentaram soluções diversas, como "melhorar o diálogo", "sabedoria" e "pressão por parte da população", dentre outros.
O Instituto Surgentis abriu a pesquisa para participação de todos os interessados entre 06 e 09 de abril. Todos os estados brasileiros têm pessoas representadas na amostra. A coleta ocorreu por questionário online, com metodologia não-probabilística, chamada de "Snowball sampling" (literalmente amostra "bola de neve"). Nessa técnica, quem participa ou recebe o link para participar, ao final pode indicar outras pessoas para também responder – e assim a amostra vai crescendo.
Na metodologia do estudo online do Instituto Surgentis, o objetivo é permitir o máximo de participação possível. A cada novo participante que convida seus conhecidos, a abrangência dos resultados aumentam. À medida que a amostra cresce, o acúmulo de dados se torna útil.
A técnica é apropriada para estudos de populações em redes sociais. Os resultados representam a opinião das pessoas que participam e são bons parâmetros para medir tendências de comportamentos – já que há mobilização de grupos de interesse e de pessoas engajadas para participar especificamente naqueles temas pesquisados. FONTE Surgentis / BRASÍLIA, Brasil, 26 de abril de 2019
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