Informa 1
O vereador Rodrigo Oliveira da Silva Moreira (PP) voltou a ser alvo de uma operação da Polícia Federal em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia. Ele é suspeito de ameaçar testemunhas de acusação numa ação penal que tramita contra ele na Justiça Federal.
A operação aconteceu nesta sexta-feira (26). Segundo a polícia, o vereador de 40 anos fazia ameaças por meio de terceiros. Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa do parlamentar e de pessoas ligadas a ele.
Moreira é suspeito de liderar um suposto esquema de compra de votos nas eleições de 2016, quando foi eleito por quórum partidário. Esta é a segunda fase da operação – a primeira ocorreu no dia 30 de agosto de 2018, quando o parlamentar foi afastado do cargo pela Justiça Federal. Ele voltou ao posto três meses depois, por decisão do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia.
Desta vez, na segunda fase do processo, não houve afastamento do cargo. Além da busca e apreensão, a polícia cumpriu mais quatro mandados de medidas cautelares que proíbem os investigados de manterem contato com as testemunhas, além de dois mandados de intimação.
Segundo a PF, participaram da operação 20 policiais federais. “O investigado [vereador Rodrigo Moreira] queria influenciar duas pessoas a mudar o depoimento contrário a ele. Foram as pessoas que procuraram a PF para denunciar que estavam sendo assediadas. Elas disseram que as conversas foram em tom de ameaça”, disse o delegado federal Jorge Vinícius Gobira.
Tentamos contato com o vereador Rodrigo Moreira e com um dos advogados dele, Jurandir Tavares de Brito, mas ambos não atenderam às ligações. Segundo a polícia, o suposto esquema de compra de votos do parlamentar envolve mais de 40 pessoas, sendo que muitas já respondem criminalmente.
Moreira é filho do ex-presidente da Câmara de Vereadores Gilzete Moreira, também envolvido no suposto esquema, assim como o advogado Matheus Moreira, irmão do vereador. Os supostos sufrágios eleitorais consistiam em trocar votos por cargos de confiança em órgãos do Estado e da Prefeitura de Vitória da Conquista.
Um dos órgãos usados era o da 4ª Ciretran (Detran), que já foi coordenado pelo irmão do vereador e por outros envolvidos no esquema, a exemplo de Javan Rodrigues dos Santos. Membros da empresa Socializa, que administra o novo presídio de Vitória da Conquista, e sócios administradores do consórcio Zona Azul, responsável pelos estacionamentos no trânsito da cidade, também estão envolvidos. (Informa 1)
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