A imunização está no topo das preocupações relacionadas à saúde pública no Brasil e no mundo. No início do mês, o assunto ganhou novamente repercussão por causa da morte do neto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vítima da meningite meningocócica.
Também chamou atenção o alerta feito pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) sobre o crescimento global dos casos de sarampo. O Brasil, de acordo com a organização internacional, é um dos países que puxam o avanço da doença: foram 10.262 registros no ano passado.
Apesar de o Programa Nacional de Imunizações brasileiro ser bastante completo – com vacinas gratuitas disponíveis para várias doenças, a adesão vem caindo. Atualmente, entre as 11 principais vacinas do calendário, oito estão abaixo da meta de cobertura de 95% para o público-alvo.
De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina contra a hepatite A está com a menor taxa de cobertura (74,47%), seguida da meningocócica C (78,04%) e da vacina pentavalente (78,07%). A vacina tríplice viral, que protege de sarampo, rubéola e caxumba, está com a cobertura vacinal em torno de 84%. Em 2016, quando o Brasil ganhou o selo de erradicação de sarampo, a cobertura vacinal de tríplice viral era de 95,41%. Metrópoles
O calendário nacional de vacinação inclui doses para todas as faixas etárias – crianças de 0 a 9 anos, adolescentes de 11 a 19 anos, adultos de 20 a 59 anos, idosos a partir de 60 anos e gestantes. A maioria das vacinas disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) é aplicada ainda na infância.
Para o presidente da Sociedade Brasileira de Imunização (SBIM), Juarez Cunha, algumas enfermidades estão voltando por desconhecimento dos pais. “Nosso papel, como profissionais de saúde, é aprender a nos comunicar melhor com a população, mostrar que as doenças podem ser evitadas, que as vacinas são eficazes”, destaca. Metrópoles
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