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sexta-feira, 29 de março de 2019

Bolsonaro adota meias verdades e omissões ao falar sobre ditadura militar

por Naief Haddad | Folhapress**Foto: Divulgação
O presidente Jair Bolsonaro concedeu nesta quarta-feira (27) entrevista ao jornalista José Luiz Datena, da TV Bandeirantes. Falou 7 dos 35 minutos sobre o regime militar, reiterando que não houve golpe em 1964, tampouco ditadura nos anos seguintes.

A partir de dez trechos dessa parte da entrevista, é possível concluir que o presidente não se excedeu em dados inteiramente falsos, mas adotou meias verdades e omissões para comprovar as suas teses.

1) “Que golpe foi esse onde o Congresso cassou no dia 2 de abril João Goulart?”

Bolsonaro se refere à sessão secreta do Congresso na madrugada de 2 de abril de 1964. Naquela ocasião, o presidente do Congresso, Auro de Moura Andrade, considerou vaga a Presidência da República.

Houve protestos veementes de alguns deputados, como Tancredo Neves, que lembravam que Jango estava no Brasil, situação que o impediria de ser deposto. A declaração de Moura Andrade não tinha sustentação legal. Não adiantou. O presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli, assumiu o cargo.

Bolsonaro omite um ponto fundamental: o golpe, de fato, começou dias antes dessa sessão no Congresso. Na madrugada de 31 de março, o general Olympio Mourão Filho iniciou a movimentação das suas tropas de Juiz de Fora (MG) em direção ao Rio com o intuito de derrubar Jango. Leia tudo em https://www.bahianoticias.com.br/folha

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