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quinta-feira, 28 de março de 2019

Santa Catarina registra primeira morte por febre amarela em 23 anos

Aline Torres**Colaboração para o UOL, em Florianópolis
O governo de Santa Catarina anunciou hoje a primeira morte no estado por febre amarela em 23 anos. A vítima foi um homem de 36 anos, que morava em Joinville, no norte do Estado. De acordo com a investigação, ele foi contaminado no município e morreu no dia 12 deste mês.

O diagnóstico foi confirmado pelo Instituto Carlos Chagas-Fiocruz do Paraná. A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina informou que o homem não tinha registro de vacina no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações.

Como se tratava de um óbito suspeito de febre amarela, foi realizada uma investigação conjunta entre a Gerência Regional de Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde de Joinville utilizando o protocolo do Ministério da Saúde.

O próximo passo para evitar novos casos de contágio, será a coleta de mosquitos no município na próxima semana. A equipe de vigilância epidemiológica do município deverá realizar a vacinação de casa em casa no raio de 300 metros do local de provável infecção.

Vacinação está abaixo da meta no estado
De 1º de janeiro a 28 de março, foram aplicadas 461.417 doses da vacina contra a febre amarela em Santa Catarina. O número de doses aplicadas em 2019 já é quase igual a todo 2018. Segundo o último levantamento, o Estado está com uma cobertura vacinal de 61,46% - mas a meta é vacinar 95% da população. Para cumprir o objetivo, o Estado lançou no último dia 20 uma campanha de vacinação contra a doença, que deve durar um mês.

Os principais sintomas da doença são febre, calafrios, dor de cabeça e no corpo, náuseas, vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos mais graves, a vítima pode ficar com a pele e os olhos amarelados e ter hemorragia.

Com as notificações de casos de febre amarela nos estados do Sul e Sudeste do país, o Ministério da Saúde recomenda que os moradores e turistas que vão viajar para esses locais sejam imunizados contra a doença. A estimativa da pasta é de que 50 milhões de pessoas nessas regiões ainda não se vacinaram.

Pessoas que vivem nas regiões em risco, assim como os turistas que vão visitá-las, devem procurar os postos de saúde desde que nunca tenham sido imunizadas e possuam entre nove meses e 59 anos. Além de Sul e Sudeste, as regiões Norte, Centro-Oeste, assim como os estados do Maranhão, Bahia, Piauí e Alagoas, já eram áreas em que há a recomendação da vacina. Quem tiver viagem marcada para esses lugares deve se vacinar pelo menos 10 dias antes da partida.

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