Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil
O embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley, afirmou à Agência Brasil que a transferência de representações diplomáticas estrangeiras de Tel Aviv para Jerusalém deve ser observada sob ponto de vista técnico. Após a decisão dos Estados Unidos de mudar sua embaixada, Paraguai, República Tcheca e outros seguiram na mesma direção. “A discussão toda sobre a embaixada é que se trata de uma questão técnica”.
Às vésperas de viajar para Israel, o presidente Jair Bolsonaro disse que pensa em criar um escritório de negócios em Jerusalém. A iniciativa não afasta a possibilidade de futuramente transferir a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém.
A viagem do presidente envolve articulações políticas, econômicas, científicas e culturais. A disposição é incrementar as parcerias com os israelenses. Atualmente, o Brasil exporta US$ 321,02 milhões e registra US$ 1.168,86 bilhão em importações, com saldo US$ 847,84 milhões favorável a Israel.
Na programação, estão previstas a discussão sobre a construção de minissatélites, homenagem à equipe de resgate israelense que veio ao Brasil durante a tragédia de Brumadinho, visita ao museu do holocausto Yad Vasehm e à sala de controle do módulo espacial Beresheet. Israel é hoje um dos países mais avançados do mundo em tecnologia espacial.
“Tanto os Estados Unidos como Israel estão cooperando na área espacial com o Brasil. Isso significa que Brasil e Israel terão cientistas de alto padrão trabalhando juntos, teremos pesquisas tecnológicas avançadas”, disse o embaixador.
Bolsonaro vai visitar a sala de controle módulo espacial que Israel enviará para a Lua. O módulo lunar robótico Beresheet, que significa Gênesis, em hebraico, deverá descer na Lua em 11 de abril. Israel se juntará dessa forma a um clube exclusivo de países que colocaram um módulo robótico na Lua, como Estados Unidos, Rússia e China.
Com um grupo de empresários, estão previstas reuniões para possíveis parcerias, nas áreas de mineração, energia, tecnologia e espacial, em agendas separadas. “Acreditamos em cooperação, em expansão da economia, em achar lugares em que as economias se complementem, em lugares que israelenses ajudem o Brasil e brasileiros ajudem Israel”, afirmou o embaixador israelense. “[A meta] é criar mais empregos, aumentar a renda, criar um grande bem-estar para as pessoas dos dois lados”.
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