ISTO É
O senador republicano Marco Rubio em uma coletiva de imprensa, em 2 de agosto de 2018 - GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP
O senador republicano Marco Rubio evocou a opção militar na Venezuela, ao afirmar que “as circunstâncias mudaram” e que atualmente há argumentos para considerar que o governo de Nicolás Maduro uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos e da região.
“Acho que as Forças Armadas dos Estados Unidos apenas são utilizadas em caso de ameaça à segurança nacional”, disse Rubio ao canal hispânico Univisión na noite de quarta-feira.
“Penso que há um argumento muito forte que pode fazer neste momento com que a Venezuela e o regime de Maduro tenham se tornado uma ameaça à região e, inclusive, aos Estados Unidos”, prosseguiu o legislador americano.
Ele esclareceu que “por meses e por anos” defendeu uma opção “não militar e pacífica” na Venezuela, mas que agora “as circunstâncias mudaram”.
O senador pela Flórida, filho de pais cubanos, é um ferrenho crítico do governo Maduro e é uma das vozes mais influentes em Washington com relação à política americana sobre Cuba e Venezuela.
Ele afirmou ter discutido o tema na terça-feira com o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton.
Em relação ao encontro, destacou: “(O governo de) Maduro é um governo que apoia narcotraficantes, guerrilheiros e grupos terroristas que estão ameaçando a estabilidade da Colômbia e estão desestabilizando vários países”.
“E se ocorre a Maduro convidar (o presidente russo, Vladimir) Putin a mandar aviões militares, por exemplo, isto vai se acelerar ainda mais. Eu acho que as circunstâncias mudaram; e o deixo aí”.
A Venezuela, que tem as maiores reservas petroleiras do mundo, está mergulhada em uma crise humanitária sem precedentes, que por sua vez gera um problema regional com milhares de refugiados em Brasil, Colômbia, Peru e Equador.
O Brasil enviou tropas ao estado fronteiriço de Roraima para fazer frente à crise, enquanto os Estados Unidos enviaram um navio hospital que atenderá os refugiados venezuelanos na Colômbia.
Em fevereiro deste ano, Rubio havia dito que o mundo apoiaria as forças armadas venezuelanas se estas empreendesse um golpe de Estado na Venezuela, mas não tinha evocado então o fantasma da intervenção estrangeira.
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