Em seis meses, os 22.528 moradores do maior município da Bahia em extensão territorial sentiram o cheiro da chuva pela primeira vez na semana passada. Mas a ajuda do céu para Formosa do Rio Preto, no Extremo-Oeste da Bahia, não conseguiu melhorar em nada a situação da cidade diante da seca. A cidade entra na lista dos municípios em situação de emergência por conta da estiagem desde 2012. Este ano, ocupa uma posição incômoda: é o único município baiano onde 100% da população atingida. Assim como os moradores de Formosa, os habitantes de outros 142 municípios da Bahia aguardam ansiosamente pelo mesmo tipo de ajuda. Mas a chuva, segundo especialistas, só deve chegar em meados de novembro. De acordo com levantamento feito pela Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec), 147 municípios haviam decretado situação de emergência por conta da estiagem da Bahia até o último dia 5 de novembro. Destes, 143 já tinham seus decretos homologados pelo estado e outros 118 já tiveram suas situações reconhecidas pelo governo federal. Ou seja: um terço dos 417 municípios baianos pediram ajuda ao estado e ao governo federal por conta da seca. Isso significa que mais de 1,8 milhão de pessoas sofrem com a falta d’água na Bahia neste momento. É o mesmo número de pessoas que foi atingida pela estiagem ao longo de todo o ano de 2014. Enquanto a chuva não vem, os gestores públicos tentam socorrer a população com carros-pipa, poços artesianos e maquinário como bombas, motores a diesel, filtros de pressão e tubos de PVC. A presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Maria Quitéria Mendes, diz que o momento é preocupante. Na última semana, a UPB conversou diretamente com a presidente Dilma Rousseff (PT) e fez um apelo para que o Ministério da Integração Nacional (MI) mantenha os recursos para socorrer os municípios na seca. O Sudec informou que recebeu um apoio de R$ 15 milhões do governo federal para abertura de 100 poços artesianos no estado. Leia mais...
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