Do UOL, em São Paulo*Reprodução/Facebook
A dançarina Amanda Bueno, assassinada dentro de sua casa pelo marido
A Justiça do Rio determinou que Milton Severiano Vieira, o Miltinho da Van, 33, seja submetido a júri popular pelo assassinato da dançarina de funk Amanda Bueno, 29, em abril. O julgamento ainda não tem data definida e cabe recurso da decisão.
A determinação foi dada pelo juiz Alexandre Guimarães Gavião Pinto, da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu (Baixada Fluminense). Milton responde por homicídio duplamente qualificado (feminicídio e asfixia), roubo com uso de arma de fogo, posse ilegal de arma e condução de veículo sob efeito de álcool ou drogas.
"O delito aqui tratado ocorreu contra vítima mulher, supostamente por razão da sua condição de sexo feminino, no âmbito da relação doméstica com o acusado", disse o juiz na sentença.
Milton Severiano Vieira foi preso em 16 de abril pelo assassinato de Amanda, ex-dançarina do grupo de funk Jaula das Gostozudas e também da Gaiola das Popozudas, na casa em que viviam, na Posse, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense (RJ). Imagens do sistema de segurança, instalado pelo próprio Vieira três dias antes do crime, mostraram o momento do assassinato.
Vieira foi indiciado por feminicídio, assassinato cometido contra mulheres em razão de seu sexo ou em decorrência da violência doméstica. A lei tipificando o crime como hediondo foi sancionada em março pela presidente Dilma Rousseff.
As imagens mostram que Amanda e Vieira começaram a discutir em casa no fim da tarde de quinta-feira. O bate-boca vira agressão: ele a derruba no chão e bate com a cabeça de Amanda no chão. Em seguida, atira por várias vezes contra a cabeça da mulher com uma pistola. A dançarina já está morta quando Vieira troca de arma e faz mais cinco disparos com uma escopeta calibre 12.
Depois de matar a mulher, Vieira roubou o carro de um vizinho, um policial militar. O criminoso chegou a disparar com a escopeta para intimidá-lo. Horas depois do crime, ele capotou com o veículo, um Volkswagen Gol, e ficou preso às ferragens.
Na delegacia, Vieira contou que a mulher havia descoberto que ele mantinha um caso extraconjugal. Ele já havia sido autuado outras duas vezes por violência doméstica. Amanda era de Goiânia, onde vivem sua mãe e filha.
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