Foto: PortalDoLitoralPB
O Brasil está perto da cura para asma, com um medicamento à base de uma planta nativa do semiárido.
É a Milona, que está sendo pesquisada há mais de 30 anos pela UFPB, Universidade Federal da Paraíba. E agora foi confirmado que em 1 ano ela finamente vai começar a ser testada em humanos.
Também conhecida como orelha-de-onça, a milona é uma planta originária do sertão nordestino, da região de Souza, no interior da Paraíba.
Seu nome científico é Cissampelos sympodialis.
A milona uma trepadeira de folhas largas, em forma de coração, e de crescimento rápido, fácil de multiplicar e cultivar.
Eficácia
“A importância em relação a aminofilina, sintético tradicional, é que além da atividade bronco-dilatadora, a milona é capaz de regenerar os tecidos pulmonares. Assim, ela age nos sintomas, desinflamando e a pessoa pode até deixar de ser asmático”, revelou o diretor do Hiperfarma, Rui Macedo.
O Hiperfarma é o Instituto de Pesquisa em Fármacos e Medicamentos ligado ao Centro de Ciências da Saúde. É lá que esse tipo de pesquisa do Hospital Universitário da UFPB é realizado.
Cerca de 40 pesquisadores e 220 alunos de pós-graduação desenvolvem estudos.
“A Milona foi trazida pela atual reitora Margareth Diniz, quando um médico relatou que o chá podia tratar bronquite e asma. Existem estudos cardiovasculares, de imunologia, psicofarmacologia e trato intestinal, mas a área respiratória é a que está mais configurada”, disse.
Testes
A finalidade é tratar e até curar a asma, porém, embora haja resultados de eficácia, o produto ainda não foi testado em humanos. Ele espera que os testes sejam iniciados em um ano.
Isso significa que os pacientes terão que esperar pelo menos até 2020 para que o medicamento chegue ao mercado. Além da demora natural dos estudos, faltou estrutura.
“Não tínhamos estrutura adequada para realizar os testes em humanos. O Hiperfarma é novo e agora sim podemos iniciar testes clínicos”, afirmou Marianna Sobral, diretora de farmacologia e toxicologia do instituto.
O diretor do instituto, Rui Macedo, explica que pesquisa fitoterápicos, acredita que as plantas medicinais vão reduzir a demora nas pesquisas, pois já parte de um conhecimento popular.
“Já é algo que a medicina popular utiliza para tratar doenças. Por isso, a gente já sabe se tem uso farmacêutico, com isso, o tempo da pesquisa será reduzido em comparação com os sintéticos”, complementou.
O chá de milona já é utilizado, mas não foi reconhecido ainda como planta medicinal pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Com informações do PortalLitoralPB
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