Do UOL, em São Paulo
Ataque a hotel no Mali faz dezenas de reféns e deixa mortos
20.nov.2015 - Forças de segurança do Mali retiraram reféns libertados do hotel Radisson Blu em Bamako, no Mali. Homens armados entraram atirando no hotel, mantendo refém 170 pessoas entre hóspedes e funcionários. A Polícia já liberou parte dos reféns Leia mais Habibou Kouyaté/AFP
Estão livres todas as 170 pessoas que eram mantidas reféns no hotel Radisson Blu, em Bamako (Mali), e ao menos 27 morreram no ataque, de acordo com a agência Reuters.
A agência cita informações preliminares de agentes de paz da ONU no local. Eles disseram que viram ao menos 12 corpos no porão e outros 15 no segundo andar do hotel. A informação foi revelada à Reuters em condição de anonimato. Os agentes da ONU estariam ajudando as autoridades do Mali a revistar o local.
Segundo a Missão da ONU no Mali e fontes de segurança malinesas, as forças de segurança mataram todos os 13 terroristas que fizeram o ataque.
O ministro de Segurança do Mali, coronel Salif Traoré, já havia informado à AFP que ao menos 18 corpos foram recuperados no hotel.
Em sua conta no Twitter, o presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keïta, divulgou a seguinte mensagem: "O presidente IBK saúda o profissionalismo das forças de defesa e segurança do Mali e agradece os países amigos por sua assistência".
Segundo a imprensa local, a segurança no local teria sido reforçada desde a última sexta-feira (13), após os ataques terroristas em Paris, que deixaram ao menos 130 pessoas mortas e outras 350 feridas. Os terroristas teriam usado um carro com placa oficial para ter acesso ao hotel.
Para liberar o prédio, forças especiais do governo invadiram andar por andar, informaram a emissora estatal de TV do Mali e uma fonte de segurança à Reuters.
Grupo ligado a Al Qaeda assumiu ataque
O grupo militante islâmico al Mourabitoun, ligado a Al Qaeda, teria assumido a responsabilidade pelo sequestro por meio de uma rede social, mas a informação ainda não foi confirmada.
O Radisson Blu é um conhecido local para estrangeiros se hospedando na capital do Mali, que tem cerca de dois milhões de habitantes.
Entre os libertados do sequestro estão cidadãos de diversas nacionalidades: 20 indianos; 12 franceses; 7 argelinos; 6 norte-americanos; 6 turcos; 6 chineses; 2 alemães; e 1 guineense. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou que não havia nenhum brasileiro no local.
A companhia aérea Air France divulgou uma nota confirmando que 12 integrantes de sua equipe de tripulação estavam entre os removidos do local e eram mantidos em segurança. "Por medida de precaução, os voos da Air France de e para Bamako nesta sexta-feira foram cancelados", afirmou a empresa.
Apoio da França
O governo da França considera que a situação é um "ataque terrorista" e divulgou um número telefônico de urgência: 01 45 50 34 60.
De acordo com um porta-voz da Guarda Nacional, cerca de 40 homens do GIGN (Grupo de Intervenção da Guarda Nacional, de elite) e uma dezena de especialistas do instituto de buscas criminais foram enviados hoje ao Mali.
A embaixada dos Estados Unidos no Mali lançou pelo menos quatro mensagens de segurança, pedindo que os cidadãos norte-americanos no país façam contato com suas famílias e se mantenham abrigados em locais seguros.
A orientação a eles é que acompanhem o andamento das operações pela imprensa local e sigam as instruções das autoridades do Mali. (com jornais e agências internacionais)
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