RJ - A pedido da Polícia Federal, foi afastado do cargo, na tarde desta terça-feira (31/3), o prefeito de Itaguaí (RJ), Luciano Carvalho Mota (PSDB). O peessedebista é suspeito de comandar uma quadrilha que desviava R$ 30 milhões por mês, recursos dos royalties do petróleo e da verba do Sistema Único de Saúde (SUS).
O esquema foi descoberto pela Polícia Federal na primeira fase da Operação Gafanhotos, em setembro de 2013. Nos meses seguintes a PF revelou um escândalo gigantesco nas contas públicas itaguaienses. As investigações fizeram com que a Câmara dos Vereadores da cidade passasse a investigar os fatos por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), criando uma crise política sem precedentes.
O afastamento
Luciano Carvalho Mota foi oficialmente afastado do cargo de prefeito de Itaguaí pelo desembargador federal Paulo Cesar Morais Espírito Santo, do Tribunal Regional Federal – 2ª Região, atendendo a um pedido do Departamento de Polícia Federal (DPF). O documento de suspensão de Motta é datado de 30 de setembro. Pelo ofício da Justiça estão suspensos de suas funções, além do prefeito, Amaro Ferreira Gagliardi, assessor de Assuntos Extraordinários; Ricardo Luís Rosa Soares, secretário de Turismo; Alex Lucena Barboza, secretário de Transporte e Trânsito; e os policiais militares Márcio Soares de Oliveira e Silvio Siqueira Silva.
Deverá assumir no lugar de Mota o vice-prefeito Weslei Gonçalves Pereira (sem partido). O ofício não explica os motivos dos afastamentos, mas afirma que a decisão foi tomada como resposta à Medida Cautelar Inominada número 4357.
Comemoração
Os servidores municipais de Itaguaí comemoraram o afastamento de Mota em frente à Prefeitura, onde estão acampados em vigília desde o dia 2 de março. Eles reivindicam a implantação do Plano de Carreira, Cargos e Vencimentos (PCCV) que o prefeito afastado sancionou em novembro passado, e o suspendeu no dia 30 de janeiro, através do Decreto 3941. http://www.bancariosrio.org.br
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