Eu acredito naquilo que vejo.
Mas, confesso: acredito muito mais naquilo que não posso enxergar.
Sentir para mim é algo com mais substância de que o toque pode nos oferecer.
É como se os dedos do coração alcançassem mais lugares que os da mão pensam em encostar.
Se me acho louco? Um pouco, é verdade.
Mas como já dizia o cantor, mas louco é quem me diz, e não é feliz.
Ou você já conseguiu tocar a felicidade e todas as coisas boas que surgem dela?
Já abraçou o amor?
Já esbarrou na saudade que te faz querer fazer o tempo engatinhar?
Pois é, tudo isso junto no fim das contas nos empurra para lugares que a gente nem precisa presenciar.
Chegamos ao céu. Tocamos o calor do sentimento. E tudo isso com os olhos fechados.
Com os olhos lacrimejantes.
Com os olhos apaixonados de quem vê sua alma gêmea vir no único caminho que escolheu. O seu.
E é aí que até as borboletas, os seres mais espirituais desse mundo terreno, enxergam aquilo que não precisa ser visto com os olhos.
Pousam e fazem morada nos caminhos por onde passarão os novos sonhos agora unidos.
Dizem que dá sorte.
Eu digo que celebra o amor.
Rodrigo Zapico
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