O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), espera que o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acolha pedido protocolado no ano passado pelo partido para cassar o mandato da presidente Dilma Rousseff e do vice-presidente Michel Temer. Em pronunciamento nesta quarta-feira (1º), o senador apontou que auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) constatou que os Correios foram utilizados sem a devida contratação da campanha, o que caracterizaria abuso de poder político. Da Liderança do PSDB no Senado
Segundo Cássio, os avanços nas investigações da Operação Lava Jato também reforçam a consistência do pedido do PSDB, ao evidenciar que a campanha de Dilma teria sido beneficiada com recursos desviados da Petrobras. Cássio observou que o ministro Gilmar Mendes pediu vista do processo, que inicialmente foi negado pela ministra Maria Thereza de Assis Moura.
Hipótese de cassação
Se Dilma Rousseff e Michel Temer forem cassados, assumirá o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que deverá convocar novas eleições, conforme observou Cássio Cunha Lima. Ele acredita que uma nova disputa eleitoral poderia ser a saída para a atual crise pela qual passa o país. Segundo o líder do PSDB, o governo se sustenta hoje pela credibilidade pessoal do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
“O governo da presidente Dilma, hoje, se sustenta no CPF do ministro Levy e não no CNPJ da União. A crise de credibilidade chegou a tal ponto que o que sustenta, ainda, minimamente, o governo brasileiro é a trajetória pessoal do Levy. O país vive uma crise grave e profunda na economia, na política, nas instituições. Uma crise de credibilidade e também uma crise ética. E o que nos preocupa é que não há um caminho claro a seguir. Estamos numa nau sem rumo. Não há sensação de governo, porque até mesmo as atribuições mais elementares da Presidência da República não estão sendo cumpridas”, lamentou.
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