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quinta-feira, 9 de abril de 2015

Doente terminal pode ser o 1º a fazer transplante de cabeça

Terra - Homem sofre de doença grave e passaria pelo procedimento até 2016. O médico responsável pela cirurgia tem sido chamado de Dr. Frankenstein.

Um russo com uma condição médica terminal deve se tornar a primeira pessoa a passar por um transplante de cabeça. Valery Spiridonov, um cientista da computação de 30 anos, possui amiotrofia espinhal do tipo Werdnig-Hoffman, o mais grave da doença, e espera realizar a cirurgia até 2016. A cirurgia será feita pelo médico italiano Sergio Canavero, que afirma ter a capacidade de cortar a cabeça de Spiridonov e anexa-la a outro corpo saudável. As informações são do Daily Mail.

À publicação o russo afirmou estar com medo, mas ressaltou que não tem muitas opções e se não tentar o transplante terá um destino “muito triste”. “A cada ano meu estado fica pior”, completou.

Em entrevista à CNN, Canavero afirmou que possui todas as técnicas necessárias para o transplante de cabeça a um organismo doador e que tem recebido cartas solicitando o procedimento. O médico, contudo, afirmou que inicialmente o procedimento será realizado apenas em pacientes que sofrem de uma doença que envolva a parte muscular.

O primeiro transplante de cabeça de macaco foi realizado há 45 anos, mas o animal morreu oito dias depois porque o organismo não se adaptou. Recentemente, houve um transplante de cabeça de um rato na China. Segundo o Daily Mail, Canavero tem sido comparado por especialistas com o Dr. Frankenstein (personagem de um romance gótico de 1831 que constrói um monstro em seu laboratório).

A operação deve durar 36 horas e o custo estimado é de 7,5 milhões de libras (aproximadamente R$ 34,7 milhões). O corpo viria de um doador que teve morte cerebral, mas tem todos os outros órgãos em bom funcionamento.

Cirurgia
De acordo com a publicação, o médico italiano afirmou que doador e paciente teriam suas cabeças cortadas da medula espinhal ao mesmo tempo, utilizando uma lâmina extremamente afiada para dar um “corte limpo”. A cabeça do paciente seria colocada no corpo do doador e “colada” com uma substância chamada polietileno glicol, que teria a capacidade de fundir as duas extremidades da medula espinhal.

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