Brasília - O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (CE), disse que na reunião da tarde desta terça, 7, com 14 líderes partidários a presidente Dilma Rousseff fez um apelo aos parlamentares para que não comprometam o ajuste fiscal do governo.
"Ela pediu o apoio dos líderes da base para que nos manifestássemos, a partir de agora, nas matérias que estão sendo discutidas. Vamos dar uma pausa e não votar nenhuma matéria que signifique aumento de despesa e diminuição de receita", revelou o petista.
A preocupação de Dilma, apontou o líder, é com o esforço fiscal, que terá como ponto alto o anúncio de corte no orçamento da União. Guimarães explicou que o assunto será tratado na primeira reunião com o vice-presidente Michel Temer, agora novo articulador político do Palácio do Planalto. O encontro será amanhã, dia 8, à tarde.
O governista comemorou a indicação de Temer para o posto. De acordo com ele, o vice-presidente terá como missão aperfeiçoar a relação entre base aliada no Congresso e Palácio do Planalto.
Ele destacou a respeitabilidade de Temer junto aos parlamentares e a mudança de rumos na articulação política. "Foi uma medida muito bem articulada, que surpreendeu o mundo político, mas de grande valor simbólico ao País", comentou.
A indicação de Temer também foi bem recebida pela bancada do PMDB na Câmara. O líder do partido na Casa, Leonardo Picciani (RJ), acredita que o perfil do escolhido facilita a relação da sigla com o Planalto.
"O diálogo melhora. Com o diálogo melhorando, é possível que melhore a relação. Quanto mais diálogo tiver, melhor será a relação. A gente tem convicção de que o Temer é uma pessoa de diálogo", disse.
Mercadante
O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, destacou que a confiança econômica do País depende do ajuste fiscal. "É isso que vai atrair investidores", afirmou o ministro. Ele destacou que haverá uma carta pública sobre tal compromisso. As lideranças e os presidentes dos partidos deverão discutir ainda amanhã pela manhã, para concluir esse debate. Segundo Mercadante, essas lideranças vão assumir a responsabilidade de que, enquanto durar o ajuste fiscal, a base aliada no Congresso Nacional evitará matérias que tenham impacto fiscal relevante. http://zip.net/bcq3h4
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