Leandro Prazeres**Do UOL, em Brasília
Nova CPI da Petrobras
Deputados do PT estudam convocar o servidor da Câmara Márcio Martins de Oliveira para depor na CPI da Petrobras. Márcio soltou cinco roedores no plenário onde ocorria uma sessão da CPI, na Câmara, nesta quinta-feira (9). Na avaliação do deputado federal Paulão (PT-AL), a soltura dos animais foi um "ato político" que precisa ser esclarecido.
Márcio é funcionário comissionado no gabinete do segundo vice-presidente da Câmara, deputado Giacobo (PR-PR) desde março. Antes de assumir o cargo, ele foi funcionário do deputado Paulinho da Força (SD-SP).
Mário soltou os cinco roedores (dois ratos, dois hamsters e um esquilo da Mongólia) logo após a entrada do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, convocado para prestar depoimento à CPI da Petrobras nesta quinta-feira. Houve tumulto e Márcio foi detido pela Polícia Legislativa. Por volta das 13h40, ele deixou o prédio do Congresso sem falar com a imprensa.
Para o deputado Adelmo Leão (PT-MG), a bancada do PT vai estudar a convocação de Márcio à CPI da Petrobras.
"É importante que a população brasileira tenha conhecimento de quais as razões que levaram esse sujeito, que trabalha aqui na Câmara, a tomar uma atitude dessa natureza? Quem ele quis agredir? Como aconteceu na abertura da CPI da Lava Jato, entendo que ele deveria ser convocado para dar esse esclarecimento", afirmou o deputado Adelmo Leão (PT-MG).
O deputado Paulão (PT-AL), diz acreditar que Márcio tenha agido a mando de outra pessoa ou de um grupo. "Ele detém um dos maiores cargos na estrutura funcional. Será que um funcionário desses (...) iria fazer um ato desses (deliberadamente)? Eu acredito que não (...) Foi um ato político articulado no ambiente da CPI, por isso que o ambiente foi contaminado", afirmou Paulão.
O deputado Valmir Prascidelli (PT-SP), líder do PT na CPI da Petrobras, disse que vai solicitar as imagens do circuito interno de TV da Câmara para saber como Márcio entrou com os roedores no prédio.
"Manifesto meu repúdio. Isso foi um ato para desqualificar essa Casa e nós não podemos de forma alguma que isso passe em branco", disse o petista.
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