Com a campanha em crise, o candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, desembarcou nesta quarta-feira, 23, em Brasília para se encontrar com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio da Alvorada. Na véspera de Dilma viajar para o Rio, para tentar neutralizar o movimento de apoio do PMDB ao tucano Aécio Neves na disputa presidencial, Padilha procurou salvar sua candidatura em meio à polêmica do palanque duplo nos dois maiores colégios eleitorais do País. Embora dirigentes do PT reclamem nos bastidores da estratégia definida pelo comitê da reeleição de aproximar Dilma dos candidatos do PMDB aos governos de São Paulo, Paulo Skaf, e do Rio, Luiz Fernando Pezão, o ex-ministro da Saúde de Dilma tentou amenizar o mal-estar e a tensão em sua campanha. “Não tem estresse nenhum. Já coordenei a campanha de Dilma em São Paulo, em 2010, e sei que nessas horas é preciso conversar com todo mundo, com governadores, candidatos, até com prefeitos do PSDB e do DEM”, disse Padilha, após deixar o comitê de Dilma, onde se reuniu por duas horas com o presidente do PT, Rui Falcão. Questionado se não era constrangedor ver a presidente dar prioridade ao palanque de Skaf, sem definir atos de campanha com o PT, Padilha desconversou. “Não tem ataque de nossa parte. É só dar o microfone na boca dos candidatos que eles se revelam. Vai perguntar como tratam, por exemplo, os movimentos sociais”, afirmou o petista, sem dizer a quem se referia, e entrando no carro em direção ao Palácio da Alvorada.
Vera Rosa, Agência Estado
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