Para acompanhar a rotina dos políticos, o brasileiro precisa suprimir dos seus hábitos o ponto de exclamação. No universo da política, o espantoso vai adquirindo uma doce, persuasiva, admirável naturalidade. Repare: 7,7% dos cerca de 25 mil candidatos às eleições de 2014 informaram à Justiça Eleitoral que guardam dinheiro vivo em casa. Juntos, mantêm longe do sistema bancário R$ 269,7 milhões.
A turma do colchão inclui 33 endinheirados que conservam ao alcance das mãos quantias superiores a R$ 1 milhão. A fortuna domiciliar desse grupo soma R$ 50,5 milhões. Os campeões da grana viva são dois candidatos à Câmara federal. Marinalvo Rosendo (PSB-PE) disse manter em casa R$ 3,8 milhões. Fernando Torres (PSD-BA) informou que tem “em mãos” R$ 3,2 milhões.
Entre os 11 presidenciáveis, três incluíram moeda sonante em suas declarações patrimonais. Eymael (PSDC) guarda em casa dinheiro de troco: R$ 1 mil. O nanico Levy Fidelix (PRTB) anotou R$ 140 mil. Dilma Rousseff (PT), R$ 152 mil. Por sorte, a plateia aboliu o ponto de exclamação de sua rotina. Do contrário, poderia supor que a presidente abre mão do rendimento da caderneta poupança porque estaria tramando um confisco à Collor. Fonte:Josias de Souza
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