Anna Gabriela Ribeiro/Do G1 Santos
Ex-goleiro do Santos, filho de Pelé é condenado a 33 anos de prisão (Foto: Divulgação/Santos Futebol Clube)
O ex-goleiro do Santos Futebol Clube Edson Cholbi do Nascimento, o Edinho, filho de Pelé, foi preso na manhã desta terça-feira (8) em Santos, no litoral de São Paulo, pouco mais de um mês após ser condenado por crime de lavagem de dinheiro, proveniente do tráfico de drogas. Edinho, que recorreu da decisão em liberdade, foi preso após um mandado de prisão preventiva ser expedido.
No dia 30 de maio, ele foi condenado a 33 anos de prisão após a decisão da juíza Suzana Pereira Da Silva, auxiliar da 1ª Vara Criminal de Praia Grande. Com a possibilidade de prisão, Edinho precisou entregar seu passaporte no cartório do 1º Ofício Criminal em Praia Grande. A medida visou evitar que ele deixasse o Brasil antes da decisão final da Justiça.
Segundo informações da Delegacia de Investigaçõe Gerais (DIG) em Santos, Edinho foi encontrado dentro da própria casa, em Santos, e não ofereceu resistência aos policiais. Ainda durante a manhã, o ex-goleiro do Santos foi encaminhado para uma cadeia na mesma cidade. Por causa do envolvimento com o tráfico, Edinho foi condenado a cumprir 33 anos de detenção. Além do filho de Pelé, Clóvis Ribeiro, o "Nai"; Maurício Louzada Ghelardi, o "Soldado"; Nicolau Aun Júnior, o "Véio"; e Ronaldo Duarte Barsotti, o "Naldinho", também foram condenados pela mesma prática.
De acordo com as investigações, "Naldinho" era o líder da organização criminosa, que tinha sua base em Santos e possuía ligação com o Comando Vermelho, no Rio de Janeiro. Além dos réus condenados, outras pessoas também integram o grupo, descoberto pelo Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) por meio da Operação Indra, em 2005.
O caso
O ex-goleiro já havia sido preso em junho de 2005 em Santos acusado de ter ligações com Ronaldo Duarte Barsotti, o "Naldinho", que é apontado pela polícia como um dos principais traficantes da região. Na ocasião, Edinho negou as acusações e declarou ser apenas dependente de drogas.
Em 17 de dezembro de 2005, Edinho foi solto ao obter um habeas corpus no Superior Tribunal Federal (STF). Porém, em fevereiro de 2006, o Ministério Público denunciou o ex-goleiro por lavagem de dinheiro, o que resultou em uma nova prisão, 47 dias após conseguir a liberdade. Depois disso, a Justiça vinha negando com frequência os pedidos de liberdade feitas por Edinho.
No dia 21 de dezembro de 2006, a ministra Ellen Gracie havia negado pedido de habeas corpus feito pela defesa do ex-jogador mas, sete dias depois, os advogados pediram reconsideração da decisão. Edinho saiu da Penitenciária de Tremembé no dia seguinte.
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