Do UOL, no Rio de Janeiro - Brasil e Holanda disputam o terceiro lugar da Copa no Mané Garrincha
Van Persie cobra pênalti e marca para a Holanda aos três minutos do primeiro tempo, contra o Brasil, no Mané Garrincha Leia mais AFP PHOTO / ODD ANDERSEN
Sob o ponto de vista esportivo, não há dúvidas: a participação da seleção brasileira na Copa-2014 foi um vexame. Mas, sob o ponto vista financeiro, a CBF pode festejar a campanha brasileira. Com o quarto lugar, arrecadou R$ 44 milhões em prêmio da Fifa.
Comparando com o que ocorreu em campo, a confederação levou R$ 3,2 milhões para cada um dos 14 gols tomados pelo país na Copa. Isso porque foi a defesa mais vazada da história da seleção nas Copas. Ainda nesta estatística, foi como se a entidade tivesse levado para casa R$ 4 milhões para cada um dos 11 gols feitos pela sua equipe.
É impressionante quando se analisa o valor do prêmio em relação ao dinheiro movimentado no futebol brasileiro. Entre os clubes nacionais, a recompensa da CBF só é superada pela bilheteria obtida pelo Flamengo em 2013, que atingiu R$ 48 milhões. Só que o time rubro-negro teve que jogar cerca de 70 vezes na temporada para atingir essa quantia, e a seleção, sete.
A quantia ainda é superior a todos os patrocínios dos times nacionais, desde o valor pago pela Caixa Econômica Federal ao Corinthians (R$ 31 milhões) ao que a Adidas dá ao Flamengo (R$ 35 milhões). Seria um montante suficiente para bancar cerca de cinco meses de salários das maiores equipes nacionais, cujas folhas giram em torno de R$ 8 milhões.
Quem for campeão neste Mundial, título a ser disputado entre Alemanha e Argentina, ficará com R$ 78 milhões. A Fifa tem aumentado de forma recorrente os prêmio, aproveitando-se de boom em seus contratos de direitos de televisão e de patrocínio, que crescem a cada Copa.
Em relação às finanças da CBF, o prêmio de terceiro lugar do Mundial será o suficiente para incrementar em cerca de 10% a renda verificada em 2013. A entidade já é mais lucrativa no esporte nacional.
Dentro deste contexto, o dinheiro seria o bastante para bancar um programa como o da Federação Alemã de Futebol para construção de centros de treinamento, que totalizou R$ 30 milhões para 387 campos. Quem sabe desta forma seria possível evitar uma nova enxurrada de gols tomados nas próximas Copas.
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