No dia 2 de agosto, terá início, no Supremo Tribunal Federal, o “julgamento do século”, quando os réus do mensalão começarão a ter seu destino definido pelos ministros da suprema corte. Na mesma época, outro escândalo irá rivalizar pelas manchetes dos principais jornais. Trata-se do pedido de indiciamento, que será apresentado pelo relator da CPMI do caso Cachoeira, Odair Cunha (PT-MG), contra o governador de Goiás, Marconi Perillo. Curiosamente, Marconi foi um dos protagonistas do mensalão, sete anos atrás, ao dizer que havia alertado o ex-presidente Lula sobre o problema. Lula jamais esqueceu – e jamais perdoou.
O relator Odair avalia que a reportagem da revista Época do fim de semana lhe dá elementos para já propor o indiciamento de Marconi – opinião compartilhada pelo vice-presidente da CPI, deputado Paulo Teixeira (PT/SP). De acordo com a reportagem, ancorada num documento da Polícia Federal, os pagamentos que o ex-vereador Wladimir Garcez fez pela compra da casa de Marconi em Goiânia, por R$ 1,4 milhão, coincidiram com liberações de recursos do Estado de Goiás para a empreiteira Delta. O governo de Goiás, por sua vez, argumenta que todos os fornecedores do Estado recebem suas faturas em dia e que seria má-fé relacionar os pagamentos na esfera pública a uma transação privada. Além disso, assessores de Marconi sustentam que a reportagem de Época reforça a versão que vem sendo contada pelo governador desde o início da crise: a de que a casa foi vendida para Wladimir Garcez. Mais em http://www.brasil247.com/pt/247/poder/69825/Tiro-da-CPI-em-Marconi-virá-junto-com-o-mensalão.htm
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