“ ...por falta d’água perdi meu gado / morreu de sede meu, alazão...”
Na Região de Fazenda Nova, Município de Mirante Bahia, a diferença dos versos acima (da composição Asa Branca de Luiz Gonzaga) é simplesmente que o gado não está morrendo de sede, mas sim, de fome.
Mediante as ações de Governo que faz abastecimento através de carro-pipa, sistema simplificado de poço artesiano e outros, á água não é um problema tão grave face às proporções da estiagem. O que está castigando mesmo é a falta de comida para os animais que vagueiam pelos campos secos ou em meio à catinga cinzenta, ensolarada e de gravetos desfolhados, à busca de algo para enganar o estomago, e nem sempre encontra.
A palma é o último recurso e pelo visto não vai durar por muito tempo e também já não possui tantas substâncias. Alguns criadores compram o algodão em outras cidades, outros vendem o gado a qualquer preço, outros retiram para a zona da mata, enquanto alguns assistem aos animais morrerem de fome.
A reportagem do Blog Bom Jesus Eventos participou de uma ação para retirar uma vaca que caiu dentro da cacimba salobra, outra já havia sido retirada e permanecia caída há três dias no local e uma terceira havia morrido no começo da semana. Em menos de cinco dias três vacas caíram uma morreu, e duas não esperam destino diferente. Este foi o quadro monstruoso e constrangedor que testemunhamos na Fazenda do Advogado e secretário de Agricultura daquele Município, o Senhor Yuri Magalhães.
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