247 – É possível que o governador da Bahia, Jaques Wagner, esteja substituindo o espaço no coração de Dilma Rousseff antes ocupado pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos – o de queridinho da presidente no Nordeste. A tese é do jornalista do iG Tales Faria, que assina a coluna política Poder Online no portal.
Atualmente em conflito com o PT, Campos, que também é presidente nacional do PSB, deve agora trilhar sozinho o caminho escolhido por ele: o de dar identidade própria a seu partido, conquistando mais eleições ao redor do País e deixando aos poucos o apoio sempre fiel aos petistas. Em entrevista recente, o pernambucano chegou a dizer que a sigla "nunca será sublegenda ou satélite de outro partido", em clara provocação ao PT. Mais independente, o pernambucano pode decidir se candidatar à presidência em 2014 em vez de apoiar Dilma - ou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A tese de Tales Faria ganha força se levarmos em consideração os acontecimentos da última sexta-feira 13, quando Dilma veio a Bahia para inaugurar a plataforma P-59 da Petrobras. No evento, a presidente não apenas homenageou a primeira-dama do Estado, Fátima Mendonça – a quem Dilma chama de Fatinha – como levou a amiga e esposa de Wagner para percorrer a plataforma, sempre com a mão em seu ombro.
A tensão entre PT e PSB teve início quando os socialistas lançaram candidato próprio no Recife, deixando o apoio de 12 anos ao PT na capital. Em resposta à atitude, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, acusou o PSB de tentar crescer em cima do PT no Nordeste, enfatizando que a capital pernambucana teria, no entanto, grande apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma para dar força às eleições do Recife. O troco do PT veio logo, quando o partido decidiu lançar Patrus Ananias em Belo Horizonte no lugar de apoiar a reeleição do prefeito Márcio Lacerda, do PSB, na capital mineira.
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