Por Humberto Pinho da Silva
Escrevi, recentemente, sobre a ignorância religiosa que grassa no nosso País, referindo-me ao facto de certa senhora ter dito – numa entrevista a matutino – que a filha trocara a Igreja de Cristo, onde fora educada, pela de Deus.
Agora pretendo abordar o mesmo tema, mas versando faceta nova, ou seja: a feitiçaria, que o mesmo é dizer: videntes, bruxas, guias espirituais e outros mensageiros do inferno, que enganam os simples e os incultos.
Que digo?; incultos?! – por vezes os mais ignorantes são, nesta matéria, mais entendidos que muitos que frequentaram os bancos de escolas superiores.
Conheço professora, que se declara católica, mestrada, brevemente doutorada, que não toma atitude responsável sem consultar parecer de vidente ou mulher de virtude.
O gesto seria de admirar, se não soubesse que François Mitterand, antigo e prestigioso Presidente da República Francesa, não fizesse o mesmo, segundo declarou Elisabeth Teissier, que nos anos dois mil divulgou gravações de conversas entre o Presidente e a astróloga.
Relata “O Comércio do Porto” de 26/06/2000, que Miterrand não tomava decisão grave sem a consultar.
Li, não sei onde, que médica, crente confessa, entregara elevada quantia em dinheiro e ouro, a astróloga, para a livrar de “encosto“.
E para rematar, recordo que vi e ouvi, para meu espanto, figura publica brasileira, dizer que tinha muita fé na Nossa Senhora Aparecida, mas para ele, a santa forte, era a de Fátima!
Pelo que acima foi escrito, pode-se avaliar o estado em que se encontram muitos crentes.
Graças a intensa evangelização, realizada nas últimas décadas, a situação tem melhorado, mas existe ainda muito por fazer, e cabe a cada um, como membro da Igreja, a nobre missão de levar a Luz aos homens, com a Palavra e com o exemplo.
Para concluir recomendo, aos curiosos dessa matéria, o livro de Joaquim de Ourém: “ Caricaturas”, de Editora Católica PAZ, de Braga, que narra verdadeiras e verídicas anedotas, colhidas ao longo da vida de sacerdote.
Algumas seriam de riso, se não fossem muito de lamentar, e provam que a ignorância religiosa, o desconhecimento da doutrina cristã, nada tem a ver com a classe social do crente, mas ausência de leitura e estudo da Bíblia, mormente do Novo Testamento.
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