CHÁVEZ ENVIA DIESEL AO REGIME SÍRIO
A PDVSA, estatal venezuelana de petróleo, que faz o que deseja o tiranete bolivariano Hugo Chávez Frías, está enviando a preço de banana – e até de graça – carregamentos do óleo diesel a título de parceria econômica com o regime fratricida do presidente da Síria, Bashar al-Assad. Enquanto isso, a pobreza do povo venezuelano se agrava enquanto seu presidente autocrático cumprimenta os outros com chapéu alheio, como, aliás, tem sido a praxe dos governos de esquerda sulamericanos com Cuba, Irã e agora a Sìria.
Isso para “ajudar” o combalido país e conduzir negócios com firmas sírias que estão na lista negra de Washington e Bruxelas, segundo documentos ligados aos acordos. Tal feito põe a Venezuela ao lado da Rússia e do Irã num bloco informal de países que operam para minar as tentativas do Ocidente de derrubar Assad e romper aliança do regime sírio com o Irã, segundo as autoridades americanas e ativistas políticos da Síria.
O apoio à Síria concentra-se no diesel enviado da Venezuela para o país árabe, carregamentos que autoridades dos dois lados confirmaram publicamente. Mas os acordos estão estruturados para trazer outros benefícios, incluindo proteger as minguadas reservas estrangeiras da Síria, como mostram documentos de empresas da Venezuela e da Síria analisados pelo The Wall Street Journal. A Petróleos de Venezuela SA, or PDVSA, está prestes a despachar seu maior carregamento de diesel para a Síria nos últimos oito meses, de acordo com os documentos. A Venezuela também está ajudando Damasco a evitar as sanções do Ocidente ao comprar energia da Síria e efetuar comércio com duas de suas firmas, o Banco Comercial da Síria e a SYSTROL, a companhia estatal síria de comércio de petróleo, segundo os documentos. Ambas as firmas estão na lista de sanções dos Estados Unidos e da União Europeia.
O diesel é crucial para abastecer tanques e outros veículos militares na vanguarda da repressão de Damasco aos inimigos políticos de Assad. As Nações Unidas estimam que mais de 10.000 sírios já foram mortos pelas forças de segurança do país desde o início da rebelião contra o regime 18 meses atrás. “Os deslocamentos consideráveis de tanques e armamento pesado requerem uma quantidade enorme de diesel pesado”, disse Louay Sakkar, do Grupo de Apoio Sírio, uma organização ativista que está pedindo mais apoio ao exército rebelde da Síria. “É como o sangue nas veias do regime genocida”.
A Venezuela e sua estatal petrolífera defenderam seu direito de enviar os carregamentos. O presidente Chávez alardeou seu apoio ao Irã e à Síria como parte do seu desejo de “construir uma coalizão ‘anti-imperialista’ para combater a hegemonia americana”. Chávez apoiou ostensivamente o falecido ditador líbio Moammar Gadhafi e ofereceu-lhe asilo político em Caracas antes da morte dele nas mãos dos rebeldes, no ano passado. O líder venezuelano também recebe autoridades iranianas regularmente, incluindo o presidente Mahmoud Ahmadinejad. Os representantes da Síria em Washington não responderam a pedidos de comentários ontem. Mas o Ministério do Petróleo da Síria admitiu que recebeu carregamento da Venezuela em maio.
A Rússia, por sua vez, informou ontem que suas exportações previamente acordadas de armas à Síria vai continuar. Mas Vyacheslav Dzirkaln, vice-chefe da agência estatal russa que supervisiona a venda de armas, disse a agências de notícias russas que Moscou não vai realizar novas vendas de armas para a Síria até que o conflito se acalme. Antes da repressão de Assad, a Síria importava a maioria do seu diesel e outros combustíveis da Europa. Em 2010, o comércio da Síria com a Venezuela correspondeu somente a cerca de 5 milhões de euros, ou US$ 6 milhões. Este ano, as estimativas de comércio entre os dois países chegam a centenas de milhares de dólares.
O governo dos EUA vem monitorando o comércio de Chávez com a Síria, mas no momento não tem as ferramentas para detê-lo, de acordo com altos funcionários americanos. Sanções estabelecidas recentemente sobre Damasco não dão ao Departamento de Estado americano poder contra empresas não-americanas que fazem negócios com firmas sírias que estão na lista negra. Essas penalidades são diferentes das sanções aos Irã, que permitem punir empresas estrangeiras que negociam com as entidades iranianas designadas. Todavia, os EUA já pensam em reduzir suas compras de petróleo venezuelano ou mesmo, até, suspendê-las.
No ano passado, o Departamento de Estado sancionou a PdVSA por vender produtos refinados de petróleo para o Irã, embora as medidas apenas impeçam a companhia venezuelana de obter contratos do governo americano. A PdVSA ainda exporta mais de 850.000 de barris de petróleo por dia para os EUA em “comércio não-governamental”. A estatal também controla a empresa americana CITGO Petroleum Corp. “Qualquer medida para apoiar o regime da Síria é detestável, e nós continuamos a trabalhar com nossos parceiros internacionais, usando todas as ferramentas à nossa disposição, para maximizar a pressão financeira sobre Assad e seus partidários”, disse uma autoridade dos EUA.
A PdVSA já enviou três grandes remessas de diesel para a Síria até agora este ano numa tentativa de ajudar Assad a recompor seu escasso suprimento, de acordo com documentos de empresas. A informação foi confirmada por uma declaração do Ministro do Petróleo venezuelano, Rafael Ramirez, a jornalistas em maio. “Fornecemos alguns carregamentos à Síria. Estamos dispostos a ajudar”, disse ele.
Isso para “ajudar” o combalido país e conduzir negócios com firmas sírias que estão na lista negra de Washington e Bruxelas, segundo documentos ligados aos acordos. Tal feito põe a Venezuela ao lado da Rússia e do Irã num bloco informal de países que operam para minar as tentativas do Ocidente de derrubar Assad e romper aliança do regime sírio com o Irã, segundo as autoridades americanas e ativistas políticos da Síria.
O apoio à Síria concentra-se no diesel enviado da Venezuela para o país árabe, carregamentos que autoridades dos dois lados confirmaram publicamente. Mas os acordos estão estruturados para trazer outros benefícios, incluindo proteger as minguadas reservas estrangeiras da Síria, como mostram documentos de empresas da Venezuela e da Síria analisados pelo The Wall Street Journal. A Petróleos de Venezuela SA, or PDVSA, está prestes a despachar seu maior carregamento de diesel para a Síria nos últimos oito meses, de acordo com os documentos. A Venezuela também está ajudando Damasco a evitar as sanções do Ocidente ao comprar energia da Síria e efetuar comércio com duas de suas firmas, o Banco Comercial da Síria e a SYSTROL, a companhia estatal síria de comércio de petróleo, segundo os documentos. Ambas as firmas estão na lista de sanções dos Estados Unidos e da União Europeia.
O diesel é crucial para abastecer tanques e outros veículos militares na vanguarda da repressão de Damasco aos inimigos políticos de Assad. As Nações Unidas estimam que mais de 10.000 sírios já foram mortos pelas forças de segurança do país desde o início da rebelião contra o regime 18 meses atrás. “Os deslocamentos consideráveis de tanques e armamento pesado requerem uma quantidade enorme de diesel pesado”, disse Louay Sakkar, do Grupo de Apoio Sírio, uma organização ativista que está pedindo mais apoio ao exército rebelde da Síria. “É como o sangue nas veias do regime genocida”.
A Venezuela e sua estatal petrolífera defenderam seu direito de enviar os carregamentos. O presidente Chávez alardeou seu apoio ao Irã e à Síria como parte do seu desejo de “construir uma coalizão ‘anti-imperialista’ para combater a hegemonia americana”. Chávez apoiou ostensivamente o falecido ditador líbio Moammar Gadhafi e ofereceu-lhe asilo político em Caracas antes da morte dele nas mãos dos rebeldes, no ano passado. O líder venezuelano também recebe autoridades iranianas regularmente, incluindo o presidente Mahmoud Ahmadinejad. Os representantes da Síria em Washington não responderam a pedidos de comentários ontem. Mas o Ministério do Petróleo da Síria admitiu que recebeu carregamento da Venezuela em maio.
A Rússia, por sua vez, informou ontem que suas exportações previamente acordadas de armas à Síria vai continuar. Mas Vyacheslav Dzirkaln, vice-chefe da agência estatal russa que supervisiona a venda de armas, disse a agências de notícias russas que Moscou não vai realizar novas vendas de armas para a Síria até que o conflito se acalme. Antes da repressão de Assad, a Síria importava a maioria do seu diesel e outros combustíveis da Europa. Em 2010, o comércio da Síria com a Venezuela correspondeu somente a cerca de 5 milhões de euros, ou US$ 6 milhões. Este ano, as estimativas de comércio entre os dois países chegam a centenas de milhares de dólares.
O governo dos EUA vem monitorando o comércio de Chávez com a Síria, mas no momento não tem as ferramentas para detê-lo, de acordo com altos funcionários americanos. Sanções estabelecidas recentemente sobre Damasco não dão ao Departamento de Estado americano poder contra empresas não-americanas que fazem negócios com firmas sírias que estão na lista negra. Essas penalidades são diferentes das sanções aos Irã, que permitem punir empresas estrangeiras que negociam com as entidades iranianas designadas. Todavia, os EUA já pensam em reduzir suas compras de petróleo venezuelano ou mesmo, até, suspendê-las.
No ano passado, o Departamento de Estado sancionou a PdVSA por vender produtos refinados de petróleo para o Irã, embora as medidas apenas impeçam a companhia venezuelana de obter contratos do governo americano. A PdVSA ainda exporta mais de 850.000 de barris de petróleo por dia para os EUA em “comércio não-governamental”. A estatal também controla a empresa americana CITGO Petroleum Corp. “Qualquer medida para apoiar o regime da Síria é detestável, e nós continuamos a trabalhar com nossos parceiros internacionais, usando todas as ferramentas à nossa disposição, para maximizar a pressão financeira sobre Assad e seus partidários”, disse uma autoridade dos EUA.
A PdVSA já enviou três grandes remessas de diesel para a Síria até agora este ano numa tentativa de ajudar Assad a recompor seu escasso suprimento, de acordo com documentos de empresas. A informação foi confirmada por uma declaração do Ministro do Petróleo venezuelano, Rafael Ramirez, a jornalistas em maio. “Fornecemos alguns carregamentos à Síria. Estamos dispostos a ajudar”, disse ele.
* Texto por FRANCISCO VIANNA, com base em matéria do jornal americano THE WALL STREET JOURNAL de 13 de julho de 2012
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