São mesmo de causar espanto os valores que candidatos a prefeito, em especial, divulgaram como previstos para gastarem na campanha eleitoral deste ano. Na capital do Rio de Janeiro, a atual prefeito Eduardo Paes (PMDB) declarou que poderá gastar R$ 25 milhões para tentar se reeleger, enquanto os outros sete candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro prevêem, juntos, gastos de R$ 23 milhões. A pergunta é: se reeleito, como Eduardo Paes vai recuperar R$ 25 milhões investidos em sua campanha? A declaração de bens dele apresenta um patrimônio de pouco mais que R$ 330 mil. Se seus subsídios forem, por exemplo, da ordem de R$ 50 mil, ao final de quatro anos terá recebido R$ 2 milhões e 400 mil, em 48 parcelas mensais. Isso é muito amor à cidade. Ele merece ser reeleito, pois seu desprendimento é até emocionante;
Nos últimos dias a imprensa tem divulgado os gastos previstos de candidatos a cidades carentes de praticamente tudo, sem abastecimento de água e redes de esgoto, além de falta total de postos de saúde e escolar públicas. Numa dessas cidades, onde quase 90% das casas são barracos sem água, luz, esgoto e pavimentação nas ruas, a soma dos gastos previstos pelos candidatos a prefeito fazem uma média de gastos da ordem R$ 479,00 por eleitor. No Rio de Janeiro, o pequeno município de Tanguá apresenta uma média R$ 229,00;
Qual é, então, a origem dessas fortunas que não condizem com o patrimônio declarado pelos candidatos? Será que a Justiça Eleitoral vai tomar alguma providência? Essa denheirama vem de onde? O povo precisa saber disso, pois é quem paga a conta, tanto os subsídios como os 'por fora', que normalmente são pagos através de propinas provenientes de super faturamento por conta das 'Deltas' que são posteriormente contratadas para realização de obras e prestação de serviços executados pelos 'altruístas' prefeitos eleitos.
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