247 – Preso desde 29 de fevereiro, e sem perspectiva de saída, o contraventor Carlos Cachoeira tentou se matar no presídio da Papuda, em Brasília. A informação foi repassada ao 247 por fonte próxima à família e a tentativa de enforcamento foi feita com uma calça do presidiário.
Em 5 de julho, quando foi julgado o último pedido de habeas corpus apresentado pela defesa, a advogada Dora Cavalcanti, que faz parte da equipe de R$ 15 milhões montada pelo advogado Marcio Thomaz Bastos, apontou o risco de autoextermínio de seu cliente, em razão do quadro de “sistomatologia depressiva” apresentado por Cachoeira. O risco foi desconsiderado pelos juízes, que afirmaram que ele poderia se tratar no próprio presídio.
Em nota publicada nesta quarta-feira, o jornalista Claudio Humberto mencionou que Cachoeira estaria pesando cerca de 68 quilos – quase vinte a menos do que antes de sua prisão, em 29 de fevereiro. Na entrevista concedida ao Fantástico, Andressa Morais, esposa do contraventor, afirmou que ele estaria sofrendo maus-tratos na prisão e que não estaria recebendo a quantidade de alimentação adequada.
Embora tenha contratado o advogado mais caro do Brasil, Cachoeira já foi derrotado em quatro pedidos de habeas corpus. Sua situação se torna a cada dia mais delicada, diante das evidências de que autoridades ligadas ao caso vêm sendo coagidas. A procuradora Léa Batista foi ameaçada, o juiz Paulo Augusto Moreira Leite pediu para deixar o caso e o policial Wilton Tapajós foi assassinado.
Somados, esses fatos, ainda que possam não ter relação direta com ações de Cachoeira, tornam mais remota a possibilidade de que seja libertado. Até recentemente um dos homens mais poderosos do Brasil, o contraventor chegou ao limite.
Nenhum comentário:
Postar um comentário