O PT selou acordo nesta quinta-feira (10) para enterrar as prévias e lançar o ministro da Educação, Fernando Haddad, como o candidato do partido à Prefeitura de São Paulo em 2012.
A decisão é uma vitória pessoal do ex-presidente Lula. Ele derrotou políticos tradicionais para impor o aliado, inexperiente em eleições, sem uma consulta aos filiados.
Ontem, os deputados Jilmar Tatto e Carlos Zarattini, que ainda mantinham suas pré-candidaturas, aceitaram desistir em favor de Haddad.
Segundo petistas, eles serão recompensados: Tatto deve ser o líder do PT na Câmara em 2013, e Zarattini deve ser indicado relator do Orçamento no ano que vem.
O acordo será anunciado hoje, em ato que reunirá o ministro, os dois deputados que desistiram e os presidentes do PT nacional, Rui Falcão, e municipal, Antonio Donato.
À noite, em encontro fechado com aliados de Tatto, Haddad agradeceu a escolha e pediu ajuda à militância.
"Conto com vocês e sei que dependo de vocês para ganhar a eleição e governar."
Ele atribuiu sua indicação ao padrinho, a quem jurou fidelidade. "Tenho de política um professor só. Minha escola de política foi Lula."
O ministro repetiu o discurso do ex-presidente pela renovação no PT. "Se não renova, daqui a pouco a gente está de cabelo branco e não tem ninguém para pôr no lugar."
Na semana passada, desistiram os senadores Eduardo e Marta Suplicy. Ela liderava as pesquisas com até 31% das intenções de voto, de acordo com o Datafolha.
Sobre a saída da ex-prefeita, sob forte pressão de Lula e da presidente Dilma Rousseff, Haddad disse: "Doeu em mim quando a Marta desistiu. Não porque eu não desejasse vencer, mas porque é uma perda para todos nós."
Tatto encerrou a reunião com elogios. "Quero desejar boa sorte ao Haddad. Tenho certeza que ele será um grande prefeito de São Paulo."
A Folha acompanhou os discursos do lado de fora do auditório, num subsolo da Câmara Municipal. Na saída, ao perceber que foi ouvido, Haddad aceitou falar pela primeira vez como candidato.
"É uma responsabilidade muito grande. Agora é institucionalizar a campanha no PT", disse à reportagem.
Ele afirmou que agora começará a buscar apoio dos partidos aliados ao governo federal, incluindo o PMDB.
Com o pacto, o PT aborta a realização das prévias em SP. O instrumento está no estatuto do partido e visa a democratizar a escolha de candidatos a cargos majoritários. Da Folha.com
A decisão é uma vitória pessoal do ex-presidente Lula. Ele derrotou políticos tradicionais para impor o aliado, inexperiente em eleições, sem uma consulta aos filiados.
Ontem, os deputados Jilmar Tatto e Carlos Zarattini, que ainda mantinham suas pré-candidaturas, aceitaram desistir em favor de Haddad.
Segundo petistas, eles serão recompensados: Tatto deve ser o líder do PT na Câmara em 2013, e Zarattini deve ser indicado relator do Orçamento no ano que vem.
O acordo será anunciado hoje, em ato que reunirá o ministro, os dois deputados que desistiram e os presidentes do PT nacional, Rui Falcão, e municipal, Antonio Donato.
À noite, em encontro fechado com aliados de Tatto, Haddad agradeceu a escolha e pediu ajuda à militância.
"Conto com vocês e sei que dependo de vocês para ganhar a eleição e governar."
Ele atribuiu sua indicação ao padrinho, a quem jurou fidelidade. "Tenho de política um professor só. Minha escola de política foi Lula."
O ministro repetiu o discurso do ex-presidente pela renovação no PT. "Se não renova, daqui a pouco a gente está de cabelo branco e não tem ninguém para pôr no lugar."
Na semana passada, desistiram os senadores Eduardo e Marta Suplicy. Ela liderava as pesquisas com até 31% das intenções de voto, de acordo com o Datafolha.
Sobre a saída da ex-prefeita, sob forte pressão de Lula e da presidente Dilma Rousseff, Haddad disse: "Doeu em mim quando a Marta desistiu. Não porque eu não desejasse vencer, mas porque é uma perda para todos nós."
Tatto encerrou a reunião com elogios. "Quero desejar boa sorte ao Haddad. Tenho certeza que ele será um grande prefeito de São Paulo."
A Folha acompanhou os discursos do lado de fora do auditório, num subsolo da Câmara Municipal. Na saída, ao perceber que foi ouvido, Haddad aceitou falar pela primeira vez como candidato.
"É uma responsabilidade muito grande. Agora é institucionalizar a campanha no PT", disse à reportagem.
Ele afirmou que agora começará a buscar apoio dos partidos aliados ao governo federal, incluindo o PMDB.
Com o pacto, o PT aborta a realização das prévias em SP. O instrumento está no estatuto do partido e visa a democratizar a escolha de candidatos a cargos majoritários. Da Folha.com
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