O Ministério Público Federal (MPF) pediu o afastamento e a prisão preventiva da prefeita do município de Dário Meira, no sudoeste baiano, de dois secretários da cidade e de funcionários e empresários ligados a um suposto esquema de corrupção no Executivo local. Em denúncia enviada ao Tribunal Federal Regional da Primeira Região (Brasília), a procuradoria aponta a existência de “prática de crimes de formação de quadrilha, corrupções passiva e ativa, fraude a licitações (...) e crime de responsabilidade, por parte de organização criminosa que, nos exercícios de 2002 e 2008, atuou no município”. A acusação envolve a prefeita Maria de Fátima Aragão Sampaio (PR), seu marido e secretário de Administração Wildes Sampaio Filho (PSD), o secretário de Administração e Finanças Lindolfo Pereira Neto, quatro servidores municipais e dois empresários. Segundo o texto, “a decretação de prisão preventiva é medida que se faz imperiosa”. Existiria, para o órgão, “a prova de existência dos crimes da organização criminosa instalada na Prefeitura do Município de Dário Meira/BA, para desvio de verbas públicas federais, mediante montagem de processos de pagamentos instruídos com notas fiscais 1frias1 de empresas realmente constituídas e de empresas fantasmas, sem a devida prestação de serviços ou de fornecimento de produtos, bem como a permissão do saque e a apropriação de recursos depositados à disposição dos municípios por força de convênio ou repasses ilegais”. O relatório ainda diz que existiria o “desvio de recursos visando custear despesas de campanha e outros compromissos da prefeita, aliada a ausência de realização dos processos licitatórios e/ou o direcionamento de licitações para determinadas empresas integrantes no esquema ilícito”. O Bahia Notícias tentou entrar em contato com a prefeitura de Dário Meira na noite desta terça-feira (8), mas os telefonemas não foram atendidos.
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