O plebiscito sobre a divisão do Estado do Pará, criando mais dois novos estados de Tapajós e Carajás, tem sido conduzido com toda a discrição que as questões de caráter duvidoso requerem. É evidente que os interessados não querem que o resto da população brasileira debata amplamente o tema, querem aprovar na surdina a criação de mais cargos, despesas e mordomias, mandando a conta para o resto do País pagar.
Tapajós gastaria, por ano, 1,9 bilhão de reais apenas com o custeio da sua máquina administrativa. Carajás por sua vez custaria 3,7 bilhões de reais por ano em custeio. E que fique claro: isso é somente para custear o funcionalismo público e a burocracia estatal. Quem pagará essa conta? Os demais estados, evidentemente.
Não fosse apenas a tentativa de fazer cortesia com o chapéu dos outros, a criação desses estados diminuiria ainda mais a representatividade dos estados do sul e do sudeste no Congresso Nacional, uma vez que teríamos mais deputados federais e senadores, com representação e sem representados.
Por tudo isso, é obrigação moral dos brasileiros do sul e do sudeste votarem contra esse absurdo travestido de plebiscito, sob pena de termos que agüentar e pagar a conta de centenas de novos Jader Barbalhos que surgiram nesses novos estados.*Fonte: Ricardo Salles
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