A hipótese mais provável é que o contratador da morte da filha de 18 anos queria se beneficiar de um seguro de vida de R$ 200 mil. O assassinato da garota foi tentado há dois anos, mas ela sobreviveu baleada no abdômen.
A Polícia prendeu, no Rio Grande do Sul, Genoir Luís Bortoloso, de 47 anos, e o pistoleiro Jair Rivelino Satornino, 31, acusados de matar a filha de Genoir quarta-feira passada na cidade gaúcha de Gaurama Segundo a Polícia, Genoir contratou Jair por R$ 10 mil, que seriam pagos em prestações mensais.
Um dos motivos do crime, segundo a Polícia, seria um seguro no valor de cerca de R$ 200 mil, que tem Genoir como beneficiário.
Genoir foi preso na noite de quinta-feira depois do velório da filha, Ketlin Bortoloso, 18. O corpo dela foi encontrado por volta do meio-dia de quarta, algumas horas após o assassinato. Genoir, que é casado e tinha a filha com outra mulher, armou uma emboscada para Ketlin, após contratar Jair, que foi preso em sua casa, em Erexim, ontem.
Genoir primeiro levou o pistoleiro para uma estrada vicinal, afastada do Centro de Gaurama, e voltou para buscar a filha, em Erexim, localizada a cerca de 20 quilômetros, onde mora com a mãe, prometendo que iria ensiná-la a dirigir veículo. Ao chegar ao local, pediu que a jovem descesse e assumisse o volante. Nesse momento, o pistoleiro saiu do esconderijo e começou a atirar contra a cabeça da vítima.
O revólver chegou a travar após o segundo tiro e o próprio pai teria completado o serviço, disparando os outros quatro tiros que acertaram Ketlin. Jair entrou na caminhonete Ecosport de Genoir e juntos fugiram em alta velocidade, chamando a atenção de moradores da região. A Polícia foi acionada e conseguiu seguir o rastro do carro, localizando Genoir, que confessou o crime e entregou o comparsa.
Segundo os policiais, Genoir procurou Jair para matar sua filha e o trato era de que o crime deveria ocorrer no dia 10. O valor do serviço foi estipulado em R$ 10 mil, que teria o valor de R$ 500 como entrada e o restante seria pago em prestações mensais. A Polícia acredita que a motivação do crime seria um seguro de cerca de R$ 200 mil, em nome de Ketlin, contratado por Genoir, que também é o beneficiário.
Há também a hipótese de que a mulher de Genoir, que não se dava bem com a filha do marido, pensava em separação devido à pensão que o marido era obrigado a dar para a filha. Em depoimento, Genoir disse que mandou matar a filha para resolver a situação, pois queria se livrar do pagamento da pensão alimentícia e também para se vingar da mãe da garota que, segundo ele, vivia importunando sua esposa.
Foi a segunda vez que Ketlin sofreu atentado. Há dois anos, Genoir teria contratado o mesmo pistoleiro para matar sua filha, dizendo que ela seria uma alegada “namorada” que o estaria traindo com um rapaz. Na época, Genoir levou o pistoleiro até a escola da filha, em Erexim, para que ele a conhecesse. Dias depois, o pistoleiro atirou contra Ketlin e o irmão, na saída da escola, mas os tiros só a deixaram ferida na perna e no abdômen. Das agências
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