Uma grávida com nove meses e cinco dias de gestação entrou em trabalho de parto, no último sábado (2), e, por falta de atendimento, o bebê não resistiu e morreu. A mãe, Madalena dos Santos, de 19 anos, moradora do Loteamento Viver Melhor, em Santo Antonio de Jesus, no Recôncavo baiano, contou que deu entrada no Hospital Municipal Luiz Argolo para ter a criança, mas teria recebido a informação de que não havia médicos para realizar o atendimento. Segundo a gestante, um dos funcionários da unidade de saúde teria sugerido que ela procurasse a Santa Casa de Misericórdia de Cruz das Almas. Ao chegar ao centro médico da cidade vizinha, Madalena, que solicitou ajuda de conhecidos para transportá-la já que o hospital em Santo Antonio de Jesus não disponibilizou uma ambulância, teria encontrado dificuldades por não ser moraradora do município. Após constatar que a bolsa tinha estourado, um profissional realizou o pré-atendimento e revelou que não haveria chances do parto ser normal, e, por conta disso, não poderia prosseguir com o atendimento devido a falta de anestesista na Santa Casa para realizar uma cesária. Com fortes dores, a paciente retornou a Santo Antonio de Jesus e teria sido avisada, novamente, que não havia médico obstetra para atendê-la. “Ele (funcionário) praticamente fechou as portas do hospital para ninguém entrar”, revelou. Madalena decidiu seguir para a cidade de Valença, e, ao chegar às 2h ao Hospital Municipal, ela teria sido atendida por uma enfermeira. Após horas a sentir dores, uma médica decidiu realizar o parto, mas precisou utilizar uma ferramenta cirúrgica para puxar o bebê, já que a mãe não tinha mais forças para expeli-lo. O bebê nasceu com complicações e deformidades na cabeça, por conta do uso de ferramentas cirúrgicas. Nesta quarta-feira (6), ele sofreu uma parada cardíaca, não resistiu e morreu. Informações do Voz da Bahia
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