Uma mudança na metodologia do cálculo de reajuste das tarifas de telefonia fixa poderá reduzir os valores cobrados dos consumidores ou diminuir bastante os novos aumentos nas assinaturas a partir do mês de outubro.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) colocará em consulta pública na próxima semana uma proposta de alteração no cálculo do chamado “Fator X”, criado para dividir com a sociedade os ganhos de eficiência das operadoras de telefonia fixa. Na prática, quanto maior este índice — que desde 2005 mede o lucro econômico das empresas nos últimos 12 meses — menor é o reajuste dos planos básicos de assinatura.
A ideia da agência reguladora federal é substituir o cálculo do ano anterior por uma estimativa de receitas e despesas das operadoras para os próximos três anos, dobrando os valores do “Fator X”.
“A tendência é de que ao longo do tempo as despesas das concessionárias caiam, porque não há muito o que construir, sobrando apenas custos de operação e manutenção”, afirmou o conselheiro da Anatel, Jarbas Valente.
De acordo com a agência, a média de reajustes tarifários nos últimos três anos tem sido de 2%, resultado do Índice de Serviços de Telecomunicações (IST) entre 5% e 6% , menos o “Fator X”, que tem ficado entre 3% e 4%.
Seguindo essa lógica, se o fator for duplicado, por exemplo para 8%, o reajuste poderá ser negativo, significando uma assinatura básica mais barata para os consumidores.
“Além de passar a ser pré-fixado, o fator será calculado de forma individual por empresa e poderá levar a uma redução nominal na tarifa, se superar o IST”, acrescentou Valente.
A proposta da Anatel, no entanto, abre uma possibilidade para que as operadoras diminuam o peso do “Fator X” no cálculo final do reajuste tarifário, desde que tragam ganhos à sociedade.De http://www.jt.com.br/seu-bolso/
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