por Folhapress**Foto: Marcos Corrêa / PR
Com somente quatro meses de mandato, o presidente Michel Temer encomendou à equipe ministerial um pacote de medidas para mostrar que seu governo não acabou.
Até as propostas mais adiantadas, porém, enfrentam resistências. Em alguns casos, auxiliares presidenciais levam adiante os procedimentos protocolares mesmo avaliando que não haverá progresso.
Com o enfraquecimento político do presidente, a maior parte tende a ficar como herança para o próximo governo.
Para mostrar que está ativo, Temer negociou o reajuste da magistratura federal e voltou atrás, na sexta-feira (31), no aumento para o funcionalismo diante das reações por deixar um Orçamento mais amargo para o próximo presidente.
Em contrapartida, acabou dando R$ 8 a mais no aumento do salário mínimo que seria de R$ 998 e, agora, será de R$ 1.006. Mesmo com o cenário desanimador, o Palácio do Planalto diz ser possível tirar as medidas o papel.
"Nós vamos até o dia 31 de dezembro agindo como se o governo continuasse no próximo ano", disse à Folha o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.
Proposta pelo ministro da Saúde, Gilberto Occhi, a medida provisória que permitiu bancos de financiarem hospitais beneficentes com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) pode ser revista.
Em vigor desde meados de agosto, ela prejudica o fundo e, por isso, seus representantes tentam corrigir problemas.