Nas favelas do Rio de Janeiro não se vê nenhum protesto contra a dificílima situação por que passam os cidadãos de bem em meio às guerras entre facções criminosas e o império do crime.
Por que o povo não vai para as ruas protestar?
Não vai apenas por dois motivos: Primeiro pelo medo de represálias por parte da bandidagem, e segundo, porque não tem qualquer esperança de que sua manifestação venha a surtir qualquer efeito.
A população brasileira que já saiu para as ruas em protesto, agora não está mais saindo. E o motivo é somente um: Não tem qualquer esperança de que seu protesto vá provocar alguma mudança na situação.
O Brasil tem três poderes independentes conforme a constituição cidadã, porém estes três poderes se resumem, na vida real, em apenas um. O poder daqueles que mandam no país.
Tanto o STF como o STJ já demonstraram que decidem conforme o criminoso. Assim Temer e Dilma foram inocentados pelo STJ e o Aécio pelo STF. Inúmeros bandidos foram libertados por estes tribunais, independentemente da vontade popular expressada ululantemente nas redes sociais.
As condenações de corruptos estão restritas apenas a alguns tribunais de primeira instância, e o STF demonstra estranhíssima agilidade no sentido de impedir que os condenados em segunda instância sejam presos.
E assim, todos ficarão aguardando o transito em julgado como nosso paladino Paulo Maluf réu no supremo a mais de 15 anos e ainda não condenado. Continuaremos a ser o paraíso da impunidade.
Quando o ser humano não vê mais nenhuma possibilidade de resolver seus problemas através de seus próprios meios ou daqueles ao seu alcance, perde a esperança e, ou desiste de vez ou espera que alguma entidade superior resolva seu problema. Na maior parte das vezes esta esperança é depositada em Deus ou em seus representantes celestiais.
No caso real do Brasil, esperar que Deus resolva o emaranhado de problemas que contribuem para a destruição do país é uma coisa que não passa pela cabeça de ninguém, e, portanto, o restante fio de esperança acabará depositado em algum salvador da pátria.
Acontece que no atual modelo brasileiro, não serão as urnas que promoverão qualquer mudança.
Não há salvadores da pátria e, quem dos atuais governantes não for votado acabará ganhando um cargo seja pela proporcionalidade, seja pela nomeação para um ministério, uma diretoria de estatal ou qualquer outra das sinecuras extremamente abundantes nesta terra de apadrinhados.
Não vejo outra solução a não ser zerar tudo e começar novamente.
Chamem de volta o Cabral, o Pedro Álvares, para redescobrir o Brasil. Ou quem sabe alguma outra entidade com força suficiente para limpar tudo e recomeçar novamente com uma nova Constituição decente, aplicação de leis justas e punição rigorosa dos culpados. http://polibiobraga.blogspot.com.br