O modelo do Sistema Integrado de Transporte Coletivo de Itabuna – Sit, que pode tornar a cidade uma referência em mobilidade urbana na Bahia e no país, foi apresentado por um grupo de arquitetos, urbanistas e engenheiros civis ao prefeito Fernando Gomes e ao presidente da Associação da Empresas de Transportes Coletivos, João Duarte, que o considerou inovador por incluir o estabelecimento de faixas exclusivas para ônibus e oferecer uma rede de estações que vão facilitar o acesso a todos os bairros, com tarifa única e menor tempo para a locomoção dos passageiros.
A arquiteta e urbanista Débora Santa Fé considera que o sistema atual é desordenado e caótico. Ela defende um sistema misto com interconexões entre os pontos, formando um sistema de baixo custo, eficiente e flexível: “a proposta visa oferecer aos passageiros acessibilidade, respeito ao usuário e facilidades nos deslocamentos das pessoas para os diversos bairros.”
Ela destaca que a mobilidade urbana depende da infraestrutura viária, do sistema de trânsito e do transporte público o que inclui como fatores acessibilidade, conectividade, tempo de viagem e segurança. O novo modelo prevê a implantação de pontos num raio de 500 metros.
Para o engenheiro civil Marcos Nerbass, que atua como consultor de transporte e mobilidade urbana, o modelo ideal leva em conta a frequência de atendimento, tempo de viagem e a malha viária da cidade, que foi dividida em 35 regiões operacionais para o perímetro central. A estratégia do projeto do Sit Itabuna é reduzir o tempo de viagem dos passageiros, que em 80% dos casos se dirigem para o centro da cidade. “O novo modelo vai permitir que 100% dos passageiros possam ter acesso a todos os bairros com pagamento de uma tarifa única”, complementou.
O consultor destacou que o sistema terá um terminal de transbordo, que vai ocupar uma área de mil metros quadrados, na avenida Amélia Amado, além de terminais de integração nas proximidades da Estação Rodoviária, na praça Otávio Mangabeira (Camacan), bem como nas avenidas Fernando Cordier, Henrique Alves e Amélia Amado, o que vai gerar por uma economia de tempo equivalente a R$ 13,4 milhões, além de melhorar a qualidade de vida da população, com a diminuição do tempo nas viagens para os passageiros.
O arquiteto e urbanista Marcelo Andrade apresentou o detalhamento da proposta técnica para as vias expressas e estações de passageiros. O modelo prevê a conexão do sistema de transporte possibilitando o deslocamento de pessoas, com poucos investimentos em infraestrutura, tornando Itabuna mais competitiva na captação de investimentos voltados para a geração de emprego e renda.
De forma complementar o sistema vai diminuir o número de veículos estacionados nas vias públicas e segue o conceito dos BRS – corredor exclusivo para ônibus – e um passo para a implantação do BRT – Ônibus de Trânsito Rápido-, o que colocaria Itabuna no cenário nacional como um modelo de mobilidade urbana.
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