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segunda-feira, 22 de julho de 2024

Ministra substituta do TSE volta a defender paridade de gênero e racial no judiciário brasileiro

Por Camila São José / Victor Hernandes
Foto: Camila São José / Bahia Notícias
Ministra substituta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Vera Lúcia foi uma das convidadas da 4ª Conferência Estadual da Mulher Advogada, em Salvador, nesta segunda-feira (22). Em entrevista ao Bahia Notícias, Vera comentou sobre a proporcionalidade e representatividade das mulheres no judiciário brasileiro.

“Bom, a questão central é a mesma. Não somente a representatividade simbólica, mas é a efetividade da democracia que somente pode se materializar com uma participação proporcional, como a ministra Carmen Lúcia acabou de dizer. E se nós somos 52% do eleitorado brasileiro, nós mulheres, e dentro disso estamos as mulheres negras, teremos que ter e esperar que tenha essa proporcionalidade”, disse a magistrada.

A ministra defendeu ainda uma maior participação feminina no poder judiciário. A declaração dela chega após o judiciário brasileiro registrar casos de machismo e misoginia nas últimas semanas.

“Então quando a gente fala da participação das mulheres nos Poderes é também no Poder Judiciário, é no Poder Legislativo, desde os municípios, como Livramento de Nossa Senhora na cidadezinha, aqui da Bahia, até a cidade de São Paulo, a Presidência da República, enfim. O Poder Judiciário em todos os níveis, todas as carreiras jurídicas, dentro do sistema da ordem dos advogados do Brasil. Então é isso, onde a gente está presente, a gente tem que ter acesso aos espaços de poder”, observou.

Segunda mulher no cargo de ministro substituta do TSE, Vera Lúcia comentou ainda sobre a importância e os desafios que encontra nesta posição.

“São os mesmos [desafios] de sempre. O fato de termos hoje duas mulheres negras, substitutas no TSE, mostra que temos os mesmos desafios. Somos substitutas e precisamos ter titularidades nos espaços. As subalternidades não podem ser o referencial. A meta, também de novo, como dizia a nossa presidente do TSE, a ministra Carmen Lúcia, eu continuo correndo da polícia, atrás da democracia, então sou uma fracassada nesse sentido, mas enfim, a gente não desiste e continua nessa luta pela igualação, pela efetividade das oportunidades iguais para homens, mulheres, negras, especialmente”, revelou.

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