A pele artificial ajudará nos testes de cosméticos e medicamentos, além de preservar os animais
- Foto: Léo Ramos
Um biotecido de laboratório, semelhante ao tecido humano, tem se tornado uma boa promessa para testes de cosméticos e medicamentos. A pele artificial, criada por cientistas da USP (Universidade de São Paulo), ajudará a avaliar a segurança e a eficácia desses produtos, além de substituir o uso de animais nos testes, que divide opiniões há décadas. Por Monique de Carvalho / SNB
A criação é uma conquista do Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, que utilizou técnicas da bioengenharia para o desenvolvido do projeto.
Os testes apontaram resultados bastante satisfatórios e todo o estudo foi publicado na revista científica Bioprinting.
Para ter a pele artificial, os cientistas utilizaram bioimpressoras de última geração, pelo mecanismo de extrusão, que é o mais utilizado e permite uma reconstrução mais representativa da pele humana. O tecido é tão real que contém, na epiderme, toda a estrutura de uma pele natural, com as camadas basal, espinhosa, granulosa e córnea.
Pele in vitro
A Silvya Stuchi Maria-Engler, professora titular do Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, disse em nota que, apesar de o tecido ser chamado de “pele artificial”, não se trata de algo sintético.
“É um tecido humano, extremamente semelhante à pele natural. Por isso se presta tão bem a testes de segurança e eficácia de compostos bioativos”, afirma a pesquisadora no artigo. Leia mais no sonoticiaboa
Nenhum comentário:
Postar um comentário