Medida foi solicitada pelo credor Bradesco e envolve ex-CEO, um dos acionistas de referência e o representante no Conselho do brasileiro mais rico do mundo
Foto: assessoria/Americanas
A busca e apreensão da caixa de e-mails de executivos da rede Americanas foi determinada nesta quinta-feira (26) pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. A medida foi solicitada por um dos credores da companhia em recuperação judicial, o banco Bradesco, maior credor da varejista em volume de créditos (R$ 4,8 bilhões). Fonte: Estado de S. Paulo
A quebra do sigilo de e-mails envolve diretores atuais e anteriores da Americanas, que tenham ocupado os cargos nos últimos dez anos; membros do Conselho de Administração e do comitê de auditoria da empresa, o que inclui também os que ocuparam tais postos na última década; e da mesma forma, de ex e atuais funcionários da área de contabilidade da varejista.
Entre os alvos estão o acionista de referência Carlos Alberto Sicupira – sócio da 3G que ficou mais à frente da gestão da Americanas -, Paulo Roberto Lemann (representante no Conselho de outro sócio de referência, o brasileiro mais rico do mundo Jorge Paulo Lemann) e o ex-CEO Miguel Gutierrez, que ficou cerca de 20 anos à frente da diretoria executiva. A crise na rede surgiu depois que o sucessor de Gutierrez, Sérgio Rial (ex-Santander) divulgou um rombo de R$ 20 bilhões na contabilidade.
A defesa do Bradesco pediu a produção a apreensão dos e-mails como produção antecipada de provas por entender que estas evidências poderiam se perder. De acordo com os advogados do banco, é por meio das provas e de uma perícia forense que se pode determinar os responsáveis pela “fraude contábil”, como define o banco credor.
Aprovada no dia 19, a recuperação judicial da Americanas acontece no Rio de Janeiro. O Bradesco, assim como já procedeu o Itaú, acionou o judiciário paulista sob o argumento de que os contratos firmados entre as partes define São Paulo como foro para estas ações.
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