Deputada do PSol responsabiliza o ex-ministro pelo ‘aumento da invasão e violência contra esta população’
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Denunciado por uma deputada à Procuradoria-Geral da República (PGR) por ter autorizado exploração de ouro em área vizinha a território Yanomami, no estado de Roraima, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, se esquivou da acusação e apontou como “absurda”.
De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, Heleno liberou o assentimento prévio na faixa de fronteira com a terra indígena em 14 de dezembro de 2022, duas semanas antes do fim do mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A documentação aponta que a área está localizada em Iracema (RR), a 7,8 km do território Yanomami.
Ainda segundo a publicação, o ex-ministro foi denunciado à PGR pela deputada eleita Luciene Cavalcante (PSOL-SP), que aponta omissão na proteção das terras indígenas e o acusa de incentivar o garimpo na região.
A parlamentar defende que as ações de Augusto Heleno provocaram “o aumento da invasão e violência contra esta população, assim como a contaminação por mercúrio de seus habitantes”. Procurado pela coluna, ele desconversou.
“É um absurdo tão grande que não merece comentário”, se limitou a dizer o ex-ministro, por meio de mensagem enviada à publicação.
A crise humanitária em território ganhou os holofotes recentemente, após a morte de centenas de crianças por desnutrição e malária. No fim de semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou a região acompanhado de ministros e anunciou uma série de medidas para sanar os problemas, incluindo um decreto de emergência em saúde.
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