Por Camila Nascimento / Bahia Noticias
Foto: Montagem R7/ Reprodução
Hoje o texto do Turbilhão Feminino não falará sobre futebol ou qualquer outro esporte feminino. Hoje falaremos sobre legados, respeito e participação feminina. A Copa do Mundo é e sempre será uma competição diferente de qualquer outra modalidade esportiva. Acontece a cada quatro anos e tem o poder de mexer com as emoções das pessoas no mundo inteiro. E, este ano, mesmo sendo realizada em um país com uma cultura extremamente conservadora, ainda assim, conseguiu deixar sua marca na história. O Mundial do Catar foi marcado por polêmicas e debates antes mesmo de iniciar. Questões que deveriam ter sido discutidas com mais intensidade, mas foram ofuscadas pela Fifa para não tirar o protagonismo do evento.
Esta também foi uma Copa que trouxe muitas alegrias, dentre elas, a seleção do Marrocos que tornou-se a primeira seleção árabe e africana a chegar a uma semifinal de Copa do Mundo. Em 2023, a Seleção Marroquina também estará na Copa do Mundo Feminina, mudando a história também na modalidade feminina. Cristiano Ronaldo sagrou-se como primeiro jogador a marcar gols em cinco Copas (marcas já alcançadas pelas jogadoras Marta e Christine Sinclair no feminino) e Leonel Messi que, finalmente alcançou seu objetivo maior que era ser campeão do mundo pela Argentina.
Mas, sem dúvida, o maior destaque foi a presença feminina. Essa Copa foi muito importante pelo fato de que, pela primeira vez na história, houve uma maior participação de mulheres. A árbitra francesa Stephanie Frappart se tornou a primeira mulher a apitar um jogo masculino de Copa do Mundo. Ela apitou a partida entre Alemanha x Costa Rica, na fase de grupos. Junto a ela, estavam também as bandeirinhas a brasileira Neuza Back e a venezuelana Karen Diaz. Destaque também para a norte-americana Kathryn Nesbitt, a ruandesa Salima Mukansanga e a japonesa Yoshimi Yamashita.
Foi possível ver muitas mulheres nos estádios assistindo aos jogos, sobretudo muçulmanas, com suas famílias. Este ano, a Globo deu maior espaço para as mulheres em sua grade de programação, seja narrando e comentando os jogos ou como repórteres nas ruas. Estratégia que deu certo vislumbrando a Copa do Mundo Feminina em julho de 2023, na Austrália e Nova Zelândia. Destaques para Ana Thaís Matos, como comentarista dos jogos da Seleção Brasileira ao lado de Galvão Bueno; e Renata Silveira, que tornou-se a primeira mulher a narrar uma Copa masculina em tv aberta. Na Sportv, Natália Lara narrou os jogos na companhia de Renata Mendonça e das jogadoras Formiga, Cristiane e Tamires. Nós do Turbilhão Feminino, exaltamos o futebol arte e todos os outros esportes femininos com a esperança de ver mais momentos marcantes como esses. Falar sobre o feminino também é uma forma de lutar por direitos. E continuaremos lutando para que o nosso trabalho tenha significado e propósito. Obrigado por ter lido até aqui!
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