A greve tem objetivo de intensificar pressão sobre autoridades depois que o promotor público disse que a polícia da moralidade havia sido encerrada
Foto: iranflag_reference/ Reprodução Instagram
Foi convocado por manifestantes do Irã neste domingo (4) uma greve de três dias nesta semana, intensificando a pressão sobre as autoridades depois que o promotor público disse que a polícia moral, cuja detenção de uma jovem desencadeou meses de protestos, havia sido fechada. As informações são da Reuters.
Segundo a agência, não houve confirmação do fechamento por parte do Ministério do Interior, encarregado da polícia da moralidade, e a mídia estatal iraniana afirmou que o promotor público Mohammad Jafar Montazeri não era responsável por supervisionar a força.
As principais autoridades iranianas afirmaram que Teerã não mudaria a política obrigatória do hijab da república islâmica, que obriga as mulheres se vestirem “modestamente” e usem lenços na cabeça, apesar de 11 semanas de protestos contra os rígidos regulamentos islâmicos.
Durante os protestos, centenas de pessoas foram mortas nos protestos que eclodiram em setembro após a morte de Mahsa Amini, uma iraniana curda de 22 anos que foi detida pela polícia moral por desrespeitar as regras do hijab.
Os manifestantes que buscam manter o desafio aos governantes clericais do Irã pediram uma greve econômica de três dias e uma manifestação na Praça Azadi (Liberdade) de Teerã na quarta-feira, de acordo com postagens compartilhadas no Twitter por contas não verificadas pela Reuters.
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