'Eles [ministros] sabem que isso vai ser feito e ficam querendo fazer graça', disse Ricardo Barros
Foto: Agência Câmara
O líder da bancada do governo de Jair Bolsonaro (PL) na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP), afirmou, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, não acreditar que uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) encerre com a existência do esquema de pagamento das emendas de relator, conhecido como orçamento secreto.
O esquema foi duramente criticado ao longo do governo Bolsonaro por beneficiar parlamentares aliados no Congresso com o repasse de recursos públicos, sem transparência, em troca de adesões para aprovação de projetos na Câmara e no Senado.
Em declaração à coluna do jornal, Barros disse que, caso os ministros do Supremo julguem as emendas de relator como inconstitucionais, o Congresso irá dar um verniz legal a elas. O pepista indicou que o esquema pode ser colocado como um dos pontos da PEC de Transição.
“Eles [ministros] sabem que isso vai ser feito e ficam querendo fazer graça”, disse. “Tanto faz o que o STF decidir”, opinou Ricardo Barros.
O julgamento das ações que discutem a constitucionalidade do pagamento das emendas de relator acontece nesta quarta-feira (7), no STF. A ministra Rosa Weber, relatora do caso, havia liberado na última quinta-feira (1º) o tema para ser apreciado pelo plenário da Corte.
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